Vítor Pereira está cansado das críticas sobre o rodízio de atletas em campo pelo Corinthians. Mesmo com a vitória por 1 a 0 sobre o Goiás, neste domingo (19), pelo Brasileirão, o técnico português desafabou sobre os ‘pitacos’ dados no trabalho dele a respeito de uma equipe titular ideal e não poupou palavras.

Gabriel Machado/AGIF. Vítor Pereira faz longo desabafo sobre seu método de trabalho à frente do Timão
Gabriel Machado/AGIF. Vítor Pereira faz longo desabafo sobre seu método de trabalho à frente do Timão

Eu gostaria que não brincassem com o meu trabalho. Vamos imaginar essa equipe que idealizam que vá jogar todas as partidas: Willian ficou fora alguns jogos, como hoje (domingo) com um desconforto muscular. E não tem jogado os 90 minutos. O Jô está fora do clube. O Renato Augusto saiu com problemas musculares. Temos um cuidado com ele. Fagner estava lesionado e ficou 11 jogos fora. João Victor também. Gil teve que jogar uma série consecutiva de partidas e hoje se lesionou. O Fábio Santos não acredito que ele consiga jogar de três em três jogos“, iniciou.

O treinador aindaenalteceu a participação dos meninos da base corinthiana na briga pela liderança e revelou a importância deles para a posição da equipe atualmente. “Quem vem com essa conversa(de jogar sempre com o time ideal)deve estar brincando comigo e meu trabalho. Não estão olhando a realidade. Se não tivéssemos os miúdos (jovens), com alguma experiência de jogos, o Corinthians estava a lutar contra o rebaixamento. Essa é a minha opinião e essa é a verdade. Só que as pessoas não querem ver a verdade. Se eu jogar com o time ideal três ou quatro vezes, vou ter vários lesionados. Isso é brincar com o meu trabalho. Precisamos ser honestos intelectualmente“, desabafou.

A sequência de jogos do Corinthians será complicada nas próximas semanas e recheadas de mata-mata, tanto naLibertadores como na Copa do Brasil. Com o departamento médico com muitos jogadores, Vítor Pereira tem uma missão difícil pela frente. “O calendário é o que é. Não posso alterar. Para ter uma equipe competitiva todos os jogos, eu precisava ter um plantel muito mais extenso, com jogadores que conseguissem dar uma resposta física de nível alto. Eu olho para outras equipes e as armas são muito diferentes. Não podemos comparar com o incomparável. Tenho feito o que posso. Hoje, para fazer substituições, eu queria um extremo esquerdo, mas não tenho e tive que usar o Piton. Estou a ficar um bocadinho cansado de discutir algumas coisas (rodízio)”, finalizou.