Casagrande, Democracia Corinthiana, Sócrates. Essas palavras sempre se entrelaçaram na história do futebol brasileiro. Morto há 10 anos, o ídolo continua reverberando em seus amigos e familiares, como na publicação recente do livro ‘Doutor Sócrates’, de Andrew Downie.

No dia de hoje, dez anos atrás, Sócrates falecia de um choque séptico e o Corinthians era campeão brasileiro. Casagrande o homenageou por meio de uma carta no portal ‘The Players Tribune’ e lembrou de momentos entre os dois, até mesmo quando Sócrates disse que Casagrande ‘traiu o sistema’ por ir à TV Globo.
Além de lembrar do início da amizade dos dois e de como a distância fez mal a ambos, ‘cada um com seu vício’, Casão disse que queria ver o amigo ainda vivo para lutar contra as coisas que sempre combateram, mas também para ver uma dupla boa como eles: Gabriel Barbosa e Bruno Henrique, do Flamengo.
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“Eu tenho sofrido tantos ataques, tanta coisa preconceituosa, apanhado tanto sozinho, que às vezes bate um desânimo… Com você do meu lado, a gente seria uma dupla novamente. Uma dupla de revolucionários jogando no contra-ataque. Contra o ódio, a homofobia, o racismo, o desmatamento da Amazônia… A gente ia tomar porrada todo dia, mas, em dupla, um daria forças para o outro, como nos velhos tempos”, escreveu o comentarista.
Casão foi uma das pessoas que visitou Sócrates no hospital antes de sua morte. Ele contra que, num desses últimos encontros, o Doutor lhe disse que estava ‘pronto para outro’, mas o comentarista sentiu que aquele já seria o prelúdio do fim.