Classificação do CRF na Libertadores sem sustos
O Flamengo saiu ainda mais fortalecido após eliminar o Internacional nas oitavas de final da Libertadores. A vitória por 2 a 0 no Beira-Rio, na última quarta-feira (20), somada ao triunfo por 1 a 0 no Maracanã, classificou a equipe de Filipe Luís sem sofrer gols diante dos gaúchos.

Mais do que a solidez defensiva, o que chama a atenção é a transformação no meio-campo rubro-negro em meio à ausência de Erick Pulgar. O volante chileno, que se recupera de cirurgia no pé direito, era peça-chave no esquema do Flamengo.
Mas a lacuna deixada por ele abriu espaço para uma nova combinação: Saúl Ñíguez e Jorginho. O espanhol e o ítalo-brasileiro assumiram o protagonismo, oferecendo qualidade no passe, inteligência tática e maior controle do ritmo de jogo.
Saúl e Jorginho: Flamengo se reencontra com nova dupla de volantes
Filipe Luís apostou na dupla após considerar Allan e Evertton Araújo opções limitadas tecnicamente. A escolha deu resultado imediato. Saúl, ainda em fase de adaptação ao futebol brasileiro, mostrou evolução rápida e se encaixou no estilo cadenciado e preciso de Jorginho.
Juntos, eles conseguem escapar da pressão adversária, ditar o ritmo e oferecer consistência defensiva sem abrir mão da criatividade. “É fácil jogar com ele, porque entende as maravilhas do futebol. Mas não só ele, todo o meio tem muita qualidade”, elogiou Saúl ao citar Jorginho após a vitória no Beira-Rio.
Pulgar tem vaga no time quando voltar? A ver!
A sinergia entre os dois pode mudar a hierarquia no setor. Quando Pulgar estiver apto a voltar, sua vaga já não será automática. Apesar de ser um típico camisa 5, o chileno terá que disputar espaço em um setor que ganhou fluidez e alternativas.
Jorginho já desempenhou a função de primeiro volante ao longo da carreira, enquanto Saúl também se adapta a recuar quando necessário. Com a dupla em alta, o Flamengo ganhou novas soluções e chega às quartas de final da Libertadores com o meio-campo reinventado.