Flamengo a um passo do tetracampeonato da Libertadores

A classificação do Flamengo para a final da Libertadores 2025 passa diretamente pelas decisões de Filipe Luís. No empate por 0 a 0 diante do Racing, na Argentina, o treinador precisou lidar com um ambiente hostil, um adversário agressivo e a expulsão de Gonzalo Plata logo no início do segundo tempo.

AVELLANEDA, ARGENTINA – OCTOBER 29: Filipe Luis, Head Coach of Flamengo, reacts prior to the Copa CONMEBOL Libertadores 2025 Semi-final second leg match between Racing Club and Flamengo at Presidente Peron Stadium on October 29, 2025 in Avellaneda, Argentina. (Photo by Marcos Brindicci/Getty Images)
© Getty ImagesAVELLANEDA, ARGENTINA – OCTOBER 29: Filipe Luis, Head Coach of Flamengo, reacts prior to the Copa CONMEBOL Libertadores 2025 Semi-final second leg match between Racing Club and Flamengo at Presidente Peron Stadium on October 29, 2025 in Avellaneda, Argentina. (Photo by Marcos Brindicci/Getty Images)

Ainda assim, sua leitura de jogo permitiu ao time administrar a partida e confirmar a vaga após a vitória por 1 a 0 no Maracanã. Agora, resta aguardar seu adversário na decisão em Lima, que sai do confronto entre Palmeiras e LDU.

Como foi a classificação do Mengão

Sem Pedro, lesionado, Filipe optou por manter a postura ofensiva adotada nos últimos jogos e escalou Plata como referência. A escolha não buscava um centroavante fixo, mas sim deslocar a marcação, abrir corredores e permitir aproximações de Carrascal e Luiz Araújo.

No primeiro tempo, o plano funcionou: o Flamengo controlou o ritmo, dominou a posse e criou as principais chances da partida. A noite, porém, exigia mais do treinador. A expulsão de Plata modificou completamente o cenário e obrigou uma reorganização rápida.

Filipe preparava a entrada de Bruno Henrique justamente para o lugar do equatoriano quando o cartão vermelho foi exibido. A partir daí, o Flamengo deixou de ter mobilidade ofensiva e passou a necessitar de proteção defensiva.

Expulsão de Gonzalo Plata logo no início do 2º tempo dificultou ações para o Flamengo – Foto: Marcelo Endelli/Getty Images

A substituição de Carrascal por Danilo foi o movimento mais debatido. O colombiano era quem articulava e acelerava as jogadas no ataque, mas Filipe priorizou sustentação no meio-campo e recomposição para formar uma linha de cinco defensores.

Sem Carrascal, o Flamengo, todavia, perdeu agressividade. Léo Pereira, Léo Ortiz, Danilo e Rossi, craque do jogo escolhido pela Conmebol, assumiram protagonismo na defesa, enquanto o time passou a se fechar próximo à própria área. Nos minutos finais, a atuação passou a ser emocional.

Saldo da noite épica rubro-negra em Avellaneda

A classificação, portanto, não se explica apenas pelo placar agregado. Ela sintetiza a maneira como Filipe Luís tem construído sua equipe: mobilidade quando possível, solidez quando necessário, e adaptação diante das circunstâncias.

O Flamengo sai de Avellaneda com o corpo exausto, mas com a convicção de que possui um treinador capaz de ler partidas, ajustar estruturas e competir em alto nível sob pressão.