O Palmeiras confirmou a classificação para as quartas de final da Libertadores, mas deixou o torcedor frustrado no Allianz Parque. Com a vantagem de 4 a 0 construída no jogo de ida, no Peru, o Verdão apenas empatou em 0 a 0 com o Universitario, em São Paulo, na última quinta-feira (21).

O clima no estádio foi de anticlímax, já que o time de Abel Ferreira apresentou uma das atuações mais fracas da temporada. O treinador português, inclusive, admitiu após a partida que a ‘zona de conforto’ tomou conta do elenco devido à larga vantagem do primeiro confronto.
Apesar da apatia, Weverton foi novamente decisivo e eleito pela Conmebol como melhor em campo. Sem ele, o Palmeiras poderia ter saído derrotado. Por outro lado, alguns testes promovidos por Abel não funcionaram, e o time sofreu para se impor diante de uma equipe tecnicamente limitada.
Confira abaixo as notas do Bolavip Brasil para o Palmeiras:
Weverton – Nota: 8,0
Foi seguro quando exigido, com boas intervenções e uma grande defesa importante no fim do jogo. Evitou que a noite fosse ainda pior para o Palmeiras.
Gustavo Gómez – Nota: 6,5
Líder em passes certos, mas pouco produtivo na construção. Teve baixo aproveitamento nas bolas longas e esteve distante de suas melhores atuações.
Murilo – Nota: 7,0
O mais sólido da zaga, especialmente na saída de bola. Não sentiu o incômodo que o tirou contra o Botafogo e foi o melhor do setor.
Micael – Nota: 5,0
Atuou como lateral-esquerdo sem bola e terceiro zagueiro na posse, mas se atrapalhou em lances simples. O mais frágil da defesa e mais limitado tecnicamente no setor.
Giay – Nota: 5,5
Pouco eficiente no apoio e inseguro atrás. Errou passes e cruzamentos, sendo dominado pelo adversário em vários lances.
Khellven – Nota: 6,5
Entrou com vontade e foi um dos poucos a levar perigo. Criou jogadas pela direita e ainda aplicou uma “caneta” em lance de efeito.
Emiliano Martínez – Nota: 5,5
Apagado na marcação e pouco participativo na transição da defesa para o setor ofensivo mais uma vez – o que tem sido o ‘calcanhar de Aquiles’ do uruguaio. Chance desperdiçada como titular.
Aníbal Moreno – Nota: 6,0
Quando entrou, deu mais ritmo à saída de bola, mas não conseguiu alterar o panorama do time. Um pouco melhor que Emi Martínez.
Allan – Nota: 6,5
Improvisado como segundo volante, foi criativo no primeiro tempo, um dos únicos que tentou algo mais ousado, mas pecou defensivamente. Saiu após levar cartão.
Lucas Evangelista – Nota: 6,0
Atuação discreta, sem erros graves, mas também sem ousadia. Regular, mas distante de convencer como substituto de Ríos.
Maurício – Nota: 5,5
Alguns lampejos pela direita, mas pouco presente na área. Improviso de Abel prejudicou seu rendimento.
Felipe Anderson – Nota: 5,5
Pouco criativo, não incomodou a defesa adversária e sentiu a adaptação improvisada como ala pela esquerda. Mais uma ‘vítima’ de teste do técnico.
Vitor Roque – Nota: 6,0
Mostrou disposição e luta, como é de praxe, mas sem sucesso nas jogadas individuais. Sofreu com a falta de criação do time.
Flaco López – Nota: 4,5
Lento, disperso e com decisões equivocadas. Foi presa fácil para a defesa do Universitário. Sofreu com as improvisações e até comentou isso após o jogo.
Abel Ferreira: o pior da noite em Palmeiras x Universitário
Abel Ferreira – Nota: 4,0
Optou por time misto e promoveu vários testes, mas quase todos fracassaram. O Palmeiras sofreu muitas finalizações de um time limitado e teve enorme dificuldade para criar. O pior da noite.
Apesar da vaga garantida, o Palmeiras deixa alerta aceso: a performance diante do Universitário mostrou que a equipe ainda está longe de encontrar equilíbrio para os desafios mais pesados que virão na Libertadores.