inco dias após a queda do Cruzeiro na Copa do Brasil, Gabigol decidiu falar. Sem rodeios, sem fuga. O pênalti perdido contra o Corinthians ainda ecoa e o camisa 9 resolveu encarar o momento mais delicado da temporada de frente.

O episódio ocorreu na semifinal da Copa do Brasil, diante do Corinthians, e marcou a eliminação celeste. Em entrevista ao podcast PodPah, Gabigol abriu o jogo sobre o erro na cobrança decisiva contra Hugo Souza, ex-companheiro de treinos, e explicou o peso emocional que carregou desde então.
O clímax veio no instante decisivo. “Se eu faço o gol, sou herói. Se erro, viro vagabundo”, resumiu o atacante, em uma frase curta e contundente. Gabigol revelou que conhecia bem os movimentos do goleiro, fruto de seis anos de convivência, mas reconheceu que executou mal a cobrança.
“Bati mal. Não tem desculpa. Foi a primeira vez que errei um pênalti tão decisivo na minha vida”, afirmou, com franqueza rara no futebol brasileiro.
A repercussão foi imediata
Críticas, questionamentos e até dúvidas sobre seu comprometimento passaram a circular. Gabigol, no entanto, reforçou o perfil que construiu ao longo da carreira: o de quem não se esconde. “Assumi muitas responsabilidades na carreira. Se tiver outro pênalti, vou bater de novo”, garantiu, deixando claro que o erro não o afasta das decisões.
O desabafo também trouxe um olhar para o futuro. Apesar da dor da eliminação, o atacante indicou que o episódio não abala sua confiança nem muda sua postura competitiva. O Cruzeiro encerrou o sonho do título, mas o camisa 9 sinaliza que segue disposto a ser protagonista nos próximos desafios.
Penal ganha cada vez mais peso
O pênalti perdido ganha ainda mais peso quando comparado ao histórico de Gabigol. Ao longo da carreira, o atacante construiu fama de decisivo em finais, mata-matas e grandes decisões nacionais e internacionais. Erros como esse sempre foram exceção, não regra, o que explica a dimensão do impacto emocional vivido pelo jogador.