Fortaleza x Botafogo: duelo de urgência e estratégia no Castelão
O Castelão será palco, neste sábado (9), às 20h30, de um confronto que mistura sobrevivência e reafirmação. De um lado, o Fortaleza, preso ao Z-4 desde a 11ª rodada, vê no Botafogoa chance de respirar e transformar pressão em esperança.

Do outro, o Glorioso, que vive temporada instável no Brasileirão Betano, busca reencaixar as engrenagens que no ano passado rodavam em velocidade de campeão.
Fortaleza: intensidade alta, mas precisão pendente
O time de Renato Paiva chega com uma semana cheia de preparação e um estudo aprofundado do adversário — algo facilitado pela passagem recente do técnico pelo Botafogo. O modelo tricolor tende a manter o 4-3-3 agressivo, com amplitude pelos extremos (Marinho e Breno Lopes) e a figura de Matheus Pereira como maestro entre linhas.
O problema está na conversão de volume em gols: mesmo criando acima da média do campeonato, o Fortaleza desperdiça chances e sofre em jogos decididos no detalhe — como no empate contra o Corinthians, nos acréscimos. A ausência de Zé Welison enfraquece a proteção defensiva, obrigando Lucas Sasha e Lucca Prior a compensarem no combate.
Botafogo: transição letal, mas defesa improvisada
Davide Ancelotti mantém a base do 4-2-3-1 herdado, apostando na força física de Arthur Cabral como referência e no dinamismo de Savarino e Artur pelos lados. A grande arma é a transição ofensiva rápida, capaz de mudar o jogo em dois ou três toques.
Porém, a ausência do goleiro titular e de peças-chave na defesa (Barboza, Allan e Kaio Pantaleão) força improvisos na linha de trás. Isso pode abrir brechas para um Fortaleza que costuma pressionar alto, especialmente no Castelão.
Choque de estratégias
O cenário tático indica um jogo de posse dominante do Fortaleza contra compactação e contra-ataque veloz do Botafogo. Se o Leão conseguir impedir as saídas limpas de Newton e Danilo, terá controle territorial; se o Glorioso encontrar Arthur Cabral em condições, o perigo será constante.
O fator psicológico pesa: o Fortaleza joga com a urgência de quem vê cada ponto como ouro, enquanto o Botafogo quer evitar que a instabilidade do Brasileiro contamine a moral adquirida na Copa do Brasil.
Histórico e clima
O retrospecto é amplamente favorável ao Botafogo: 14 vitórias em 22 jogos, contra apenas três do Fortaleza. Mas o Castelão, aliado à necessidade tricolor, promete um ambiente de pressão máxima, capaz de virar números de cabeça para baixo.