A invencibilidade do Mirassol chegou ao fim na noite do último sábado (27), na Arena MRV, com a derrota por 1 a 0 para o Atlético-MG. Mais do que o resultado, no entanto, o que marcou a entrevista pós-jogo foi o tom de insatisfação do técnico Rafael Guanaes com a arbitragem de Rafael Klein.

O treinador mirassolense não poupou críticas ao tempo de acréscimo dado pelo árbitro e também a um suposto pênalti não marcado ainda no primeiro tempo, em lance envolvendo Cristian e Rony. Para Guanaes, o VAR deveria ter chamado a revisão da jogada.
“Já é o segundo jogo em que somos prejudicados. Ele deu sete minutos no primeiro tempo e nove no segundo, mas dentro desse tempo a bola praticamente não rolou. Se precisa dar 12, 15 ou até 20 minutos de acréscimo, que dê, desde que respeite o tempo real de jogo.”, reclamou.
O técnico também não escondeu a revolta pelo lance na área atleticana: “O pênalti do Cristian foi um absurdo. Contra o Botafogo já tínhamos sido prejudicados e poderíamos ter mais dois pontos na tabela. Contra o Juventude houve um lance duvidoso, tudo bem. Mas esse não. E ainda teve a expulsão de um jogador do Atlético, ficou a sensação de que não poderia ser dado o pênalti. Fomos muito prejudicados mais uma vez.”, disparou.
Guanaes exalta atuação do Mirassol
Apesar das críticas à arbitragem, Guanaes avaliou positivamente a postura da equipe, mesmo com o revés. Para ele, o Mirassol jogou melhor diante do Galo do que na vitória sobre o Juventude na rodada anterior. Ainda assim, apontou falhas em momentos decisivos.
“Faltou um pouco de tranquilidade nas tomadas de decisão. Estávamos muito acelerados desde o início do segundo tempo, como se o jogo já estivesse no fim. Além disso, no lance do escanteio que origina o gol, é uma jogada que treinamos muito e não poderíamos ter cedido.“, lamentou.
Guanaes explica situação de Edson Carioca
Sem o centroavante Chico da Costa, poupado por lesão, Guanaes escalou Edson Carioca, que deixou o campo ainda no primeiro tempo com dores musculares. O técnico mostrou otimismo com a recuperação do camisa 91 para o duelo do meio de semana, contra o Bragantino, mas preferiu cautela.
“Infelizmente não conseguimos contar com o Chico, mas a perspectiva é de retorno. Se conseguir treinar normalmente, vai para o jogo. Caso contrário, vamos buscar a melhor alternativa. Somos uma equipe forte e confiamos em todos os jogadores.“, destacou.
O Mirassol volta a campo na próxima quarta-feira, quando enfrenta o Red Bull Bragantino, buscando reencontrar o caminho das vitórias após o fim da sequência positiva de seis jogos sem perder.