Pressão após a final
O Atlético-MG entra em campo nesta terça-feira carregando o peso do vice-campeonato da Copa Sul-Americana, perdido para o Lanús-ARG. A derrota, além de frustrar o torcedor, também pode influenciar diretamente o duelo com o Flamengo, que pode decretar o título rubro-negro no Brasileirão Betano. Filipe Luís, porém, faz um alerta: enfrentar um rival ferido nem sempre significa vantagem. O técnico sabe que esse cenário costuma gerar reações fortes.
Três dias depois da decisão continental, o Galo volta ao foco nacional com a missão de responder ao seu torcedor. A pressão aumenta, o ambiente esquenta e a cobrança passa a ser imediata. Para Filipe Luís, esse componente emocional pode transformar o jogo na Arena MRV. O treinador entende que um Atlético-MG machucado pode entrar mais intenso, agressivo e disposto a recuperar autoestima diante do Flamengo.
Em entrevista, o técnico ressaltou que a maior preocupação do Flamengo deve ser o próprio desempenho, não o estado emocional do adversário. “O adversário vem ferido por perder a final de hoje. Mas conheço muito bem o treinador, é meu amigo o Sampaoli. Sei taticamente o quanto é incrível e dá dor de cabeça que vai ser preparar esse jogo. Mas só penso unicamente no que está no nosso controle”, afirmou. A ideia é manter preparação focada e evitar distrações.
Duelo com peso de decisão
A relação entre Flamengo e Arena MRV ganhou capítulos fortes nos últimos anos. Em 2024, o Rubro-negro conquistou a Copa do Brasil dentro do estádio atleticano, e o fantasma dessa lembrança ainda ronda o ambiente do rival. Nesta terça, dependendo da combinação de resultados, o Galo pode novamente ver o adversário comemorar um título em sua casa. Esse risco amplia ainda mais a tensão para o confronto.
Filipe Luís, porém, tenta frear qualquer conversa sobre taça. “Não penso no que está em jogo, penso simplesmente no que vai se apresentar durante o jogo e nosso principal objetivo é vencer”, disse. A fala reflete a estratégia interna de manter o elenco focado no desempenho, evitando clima de favoritismo. O treinador entende que o ambiente será hostil e que o Flamengo precisará controlar emoções para não ser surpreendido.
A partida também funciona como teste mental antes da viagem para Lima, onde o Flamengo disputa a final da Libertadores contra o Palmeiras. O time não quer transformar o jogo contra o Atlético-MG em um problema emocional às vésperas da decisão continental. A comissão técnica tenta equilibrar intensidade e cautela para evitar desgaste excessivo ou riscos desnecessários na Arena MRV.
Reta final pesada
Após enfrentar o Atlético-MG, o Flamengo muda totalmente o foco para Lima, onde decide a Libertadores no sábado. O clube admite que a sequência de jogos de alto nível exige força mental e física, mas trata o duelo pelo Brasileirão Betano como prioridade imediata. A ordem é não deixar o título nacional escapar por distração ou clima de euforia antecipada.