Textor envia documento à justiça
John Textor, proprietário da SAF do Botafogo, enviou na última terça-feira à Justiça do Rio de Janeiro uma carta de compromisso na qual declara que os atos da Assembleia Geral Extraordinária realizada em 17 de julho não terão validade. Com isso, o empresário garante que o clube não será transferido para as Ilhas Cayman, afastando especulações sobre a mudança das ações para o exterior.

Para Textor, o documento também é um gesto de boa-fé, buscando reduzir os atritos recentes com os demais acionistas da Eagle. A iniciativa mostra a tentativa do empresário de preservar a estabilidade da gestão do Botafogo e sinalizar transparência nas decisões da SAF.
“As disputas judiciais estão terminando. Toda essa confusão começou com a ruptura na França, por causa da dificuldade dos políticos do futebol francês, e teve um efeito cascata nas percepções de como as mudanças poderiam ocorrer no Brasil. Mas as coisas estão voltando ao normal”, afirmou Textor em entrevista ao FogãoNET.
Ações na Ilhas Cayman
John Textor, dono da SAF do Botafogo, enviou à Justiça do Rio de Janeiro uma carta na qual garante que não diluirá as ações da companhia, preservando a Eagle como sócia majoritária. O documento, publicado primeiro pelo jornal O Globo, indica que Textor desistiu de colocar em prática medidas polêmicas aprovadas na Assembleia de 17 de julho.
Dois meses atrás, o empresário havia autorizado a venda de uma dívida do clube para uma empresa nas Ilhas Cayman, que também faria um empréstimo de 100 milhões de euros ao Alvinegro, recebendo como garantia quase todas as receitas da SAF, incluindo direitos de transmissão. Essas operações geraram forte reação da Eagle, que entrou na Justiça pedindo a anulação das decisões de Textor.
Nos próximos dias, Textor acompanhará pessoalmente atividades do clube no Rio de Janeiro. Nesta quarta, ele esteve presente em parte do treino no Nilton Santos e, amanhã, assistirá ao clássico contra o Vasco, válido pela semifinal da Copa do Brasil, reforçando seu envolvimento direto na gestão do Botafogo.
Eagle entra na justiça
Em julho, a Eagle Football entrou com uma ação contra John Textor na 2ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Os acionistas acusam o empresário de adotar “medidas ilícitas” na gestão do Botafogo e pedem a suspensão dessas decisões.
Segundo a ação, desde 2 de junho nenhuma medida societária poderia ser tomada sem a aprovação do diretor Christopher Mallon. Ainda assim, Textor teria feito movimentações sem consentimento, incluindo a transferência de créditos do clube para uma empresa nas Ilhas Cayman, no valor de até 150 milhões de euros.