Insatisfação de Textor
A passagem de Renato Paiva pelo Botafogo terminou cercada de insatisfações internas. Além do incômodo com a formação defensiva e a escolha de improvisar Cuiabano no ataque, John Textor ficou especialmente irritado com a baixa utilização de jogadores que chegaram.

O caso mais emblemático é o de Santiago Rodríguez, contratado por 15 milhões de dólares (cerca de R$ 85 milhões) e deixado em segundo plano. A falta de protagonismo do uruguaio, que chegou com status de estrela, virou tema recorrente nos bastidores e pesou diretamente na decisão pela demissão do treinador.
Chegada de Santiago Rodríguez ao Botafogo
Contratado em fevereiro junto ao New York City, Santiago Rodríguez chegou ao Botafogo como uma das maiores apostas da gestão Textor. Após cumprir um período de recondicionamento físico e se recuperar de uma lesão leve na perna esquerda, o uruguaio ficou à disposição, mas teve participação limitada sob o comando de Renato Paiva.
A falta de oportunidades incomodou o dono da SAF, que via o meia como peça central no projeto esportivo. Paiva, por sua vez, defendia que suas escolhas não levavam em conta o valor investido em cada atleta, o que gerou divergência interna.
Desde sua chegada ao Botafogo, Santiago Rodríguez teve uma participação discreta, atuando em 12 jogos e começando como titular em apenas quatro. Ele esteve em campo em confrontos pela Libertadores, Copa do Brasil e Brasileirão, somando 430 minutos, o que resulta em uma média de apenas 35 minutos por partida.
Novo técnico precisa utilizar reforços
A chegada do novo comandante no Botafogo acende a esperança de que Santiago Rodríguez receba maior atenção e aproveitamento. A diretoria acredita que o uruguaio tem a qualidade necessária para se tornar uma peça-chave no time, mas para isso precisa de mais tempo de jogo e um melhor entrosamento com os colegas.
O mesmo se aplica aos outros reforços que chegaram para reforçar o elenco para o Mundial. Arthur Cabral, que deve assumir a titularidade após a saída de Igor Jesus, é uma das apostas. Já Joaquín Correa, Kaio Pantaleão e Álvaro Montoro, com apenas 18 anos e projetado para um futuro promissor, esperam também ser mais utilizados.