Bateu de frente com a diretoria
Após a derrota por 1 a 0 diante do Atlético-MG, no nesse domingo, no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro, o técnico Renato Paiva foi questionado sobre a pouca utilização de alguns reforços do Botafogo, especialmente os que chegaram com alto investimento. Em resposta, ele saiu em defesa do departamento de scout do clube e justificou suas escolhas.

“Eu não escalo jogador porque custou 50 milhões”, afirmou o treinador. “O David Ricardo está jogando e não custou esse valor. O setor de scout do Botafogo merece respeito. Só olham os erros? Não, é preciso reconhecer os acertos também”, reforçou.
Fala, Renato Paiva!
Paiva destacou a importância de valorizar o trabalho do setor de análise, mencionando nomes que deram retorno técnico. “O mesmo scout que indicou o Rwan Cruz foi o responsável por trazer Thiago Almada, Luiz Henrique, Júnior Santos e outros. Ninguém é infalível, nem mesmo o do Benfica, que é um dos melhores do mundo e onde eu já trabalhei”, explicou.
Sobre Rwan Cruz, o técnico detalhou o contexto por trás da ausência do jogador. “Ele veio de uma realidade completamente diferente, do futebol búlgaro. Além disso, teve questões pessoais para resolver e ficou um tempo sem treinar. Estamos trabalhando para adaptá-lo ao ritmo do futebol brasileiro, que não é simples”, disse Paiva.
Elias Manoel, outro reforço questionado, também foi citado. “A situação dele é parecida. Veio da MLS, que tem outro padrão competitivo. Ainda não conseguiram mostrar o que podem, mas isso não significa que não irão. Só vamos colocá-los quando acreditarmos que estão prontos para responder dentro de campo”, afirmou.
O treinador também comentou o caso de Nathan, outro nome pouco utilizado até o momento. “O Nathan chegou com lesão, depois voltou, se machucou de novo. Desde que cheguei, ele deve ter treinado uma semana. Não dá para contar com um atleta nessas condições”, lamentou.
Avaliou com cautela o trabalho do scout do clube
Renato Paiva reforçou que o trabalho de análise precisa ser avaliado com equilíbrio. “O mesmo scout que trouxe jogadores questionados também foi o responsável por nomes como Igor Jesus, que agora está na Seleção Brasileira. É preciso olhar para os dois lados: acertos e erros”, pediu.
Encerrando, o técnico voltou a defender o planejamento do clube. “Os jogadores estão trabalhando bem, se esforçando. Vamos colocá-los no momento certo. Mas é essencial lembrar que ninguém acerta tudo — nem clube, nem comissão, nem scout. O importante é manter o equilíbrio e a confiança no processo”, concluiu.