Renato Paiva está no mercado desde setembro, quando foi demitido pelo Fortaleza após uma passagem relâmpago de apenas dez jogos. Em entrevista ao jornal português A Bola, o treinador fez duras críticas a John Textor e, ao longo da conversa, evitou citar o nome do dirigente do Botafogo, referindo-se a ele apenas como “este senhor”.

“O crescimento, em situações positivas e negativas (com as passagens por Bahia e Botafogo), é geral. Porque foram projetos altamente diferenciados. No Botafogo, por exemplo, é uma pessoa que manda e decide sozinha, é dono e não quer saber.”, iniciou o treinador.
Paiva fala da relação com Textor
Quando perguntado da relação com Textor, Paiva decidiu se esquivar e apenas falar dos outros funcionários do clube: “Entendo a sua pergunta (sobre a relação com Textor), mas eu não preciso de falar sobre John Textor porque ele fala por si próprio. Tudo aquilo que faz e diz é claro e, depois, quem está no meio, julga. A sua comunicação define-o. “
“Dessa passagem, preferia dizer que trabalhei num clube absolutamente fantástico, com um grupo de jogadores único, cuja empatia e sinergia eram totais e absolutas. E com um apoio absurdo e uma identificação total com as pessoas com quem trabalhei no meu dia a dia.”, completou Paiva.
Renato Paiva finalizou afirmando que assumiu um time campeão, mas profundamente desmontado, após 12 saídas do elenco. Segundo ele, houve contratações que não renderam por falta de tempo e paciência, mas a equipe evoluiu ao longo da temporada.
Vitória contra o PSG
Ao relembrar a Copa do Mundo de Clubes, Renato Paiva destacou a vitória do Botafogo sobre o PSG como um marco de seu trabalho. O treinador citou o contexto difícil do “grupo da morte” e lembrou que muitos esperavam goleadas, mas o time venceu Seattle e PSG, além de cair por apenas um gol diante do Atlético de Madrid no fim: “os números falam por nós”.
Paiva também usou a reação de John Textor para reforçar o impacto da campanha. Segundo ele, o dirigente afirmou que aquele foi o “dia mais feliz da vida” e chegou a dar-lhe “um beijo em público”. Sem clube desde setembro, o técnico admitiu estar inquieto, revelou sondagem de uma seleção sul-americana e reforçou: “treinar é a minha vida”.