Marçal deu detalhes da final

O lateral-esquerdo Marçal, que está de volta ao Botafogo, relembrou um momento decisivo da final da Libertadores, quando o Alvinegro conquistou o título inédito. Em entrevista, o jogador contou o que passou pela cabeça dos atletas após a expulsão de Gregore, logo aos 29 segundos do primeiro tempo. Para ele, a decisão do técnico Arthur Jorge de manter Almada em campo foi fundamental para a vitória.

Almada jogador do Botafogo comemora gol com Marçal jogador da sua equipe durante partida contra o Corinthians no estádio Engenhão pelo campeonato Brasileiro A 2024.
© Thiago RibeiroAlmada jogador do Botafogo comemora gol com Marçal jogador da sua equipe durante partida contra o Corinthians no estádio Engenhão pelo campeonato Brasileiro A 2024.

Marçal revelou que, no momento da expulsão, pensou que Arthur Jorge substituiria Almada para reforçar o meio-campo. “Eu achei que o Arthur Jorge iria tirar o Almada quando Gregore foi expulso. O Danilo, que era reserva do Gregore, começou a aquecer, mas o treinador optou por manter o Almada. E ainda bem que ele ficou, porque acabou sendo fundamental na conquista”, destacou o lateral.

Marçal elogiou Almada

O jogador também relembrou um lance curioso envolvendo Almada e Hulk, do Atlético-MG. “Ele foi malandro para caramba. Nunca fez essas coisas, mas deu um carrinho lá na ponta, ombro a ombro com o Hulk. A gente ficou surpreso, mas faz parte do jogo”, comentou Marçal, elogiando a postura do meia argentino.

Além de manter Almada, Arthur Jorge surpreendeu ao mandar Danilo, que estava aquecendo, sentar no banco novamente. Para Marçal, a decisão foi arriscada, mas mostrou a confiança no camisa 18. “Ainda bem que não sou treinador. Você olha aquele jogo, com um a menos, e pensa: ‘Não vou deixar um moleque franzino ali’. Mas ele ficou e foi decisivo”, disse o lateral.

Marçal jogador do Botafogo durante partida contra o Palmeiras no estádio Engenhão pelo campeonato Brasileiro A 2023. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Almada iniciou a jogada do primeiro gol

A importância de Almada ficou evidente quando ele iniciou a jogada do primeiro gol do Botafogo, marcado por Luiz Henrique. O meia soube segurar a bola e criar espaço para o ataque, algo que ajudou a equipe a manter o equilíbrio, mesmo em desvantagem numérica.

Para Marçal, o título não teria vindo sem o talento e a frieza do argentino. “A importância do Almada é tão grande quanto a do Luiz Henrique, Igor Jesus e Savarino. Eles foram fundamentais para a nossa conquista. Aquele jogo mostrou a força do grupo”, completou.

Com Almada como peça-chave, o Botafogo escreveu um dos capítulos mais importantes da sua história. A vitória na Libertadores consolidou a equipe entre as potências do futebol sul-americano e mostrou que decisões corajosas, como a de Arthur Jorge, podem mudar o destino de um time.