Com contrato recém-renovado até 2028, o volante Gregore vive um momento especial com a camisa do Botafogo. Neste domingo, o jogador volta a encontrar o Atlético-MG, no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro.
O duelo, por sua vez, tem um sabor simbólico para o jogador: além de ser o primeiro compromisso após a renovação, será contra o clube que tentou contratá-lo no início do ano — e teve uma proposta de US$ 4 milhões (cerca de R$ 24,1 milhões à época) recusada de imediato.
Aos 31 anos, Gregore optou por seguir no Rio de Janeiro, mesmo diante do assédio de outras equipes. A negociação para sua permanência no Glorioso se arrastou por quatro meses, mas terminou com final feliz para os botafoguenses. O novo vínculo prevê cláusulas de saída específicas para o exterior: US$ 8 milhões no meio de 2025 e US$ 6 milhões no fim da temporada atual.
“Decidi continuar no Botafogo porque acredito no projeto e estou muito feliz aqui. Agora é focar no que temos pela frente, que são grandes desafios“, afirmou o jogador em entrevista exclusiva ao ge.
Expulsão relâmpago e redenção com título
O reencontro com o Galo também traz lembranças da final da Copa Libertadores de 2024. Gregore esteve em campo por apenas 29 segundos antes de ser expulso, após acertar Fausto Vera em uma dividida. O volante assistiu ao restante do jogo da sala do doping, como manda o protocolo da competição.
“Quando o árbitro me deu amarelo, pensei “saiu barato” (risos), mas aí veio o vermelho. Na hora passou um filme na cabeça, mas meus companheiros disseram que iam correr por mim“, lembrou.
Apesar da frustração momentânea, o final foi feliz. O Botafogo sagrou-se campeão da América, e Gregore ainda marcou, dias depois, o gol que garantiu o tricampeonato brasileiro, na vitória sobre o São Paulo.
Protagonismo e confiança para o Mundial de Clubes
Nome de confiança do técnico Renato Paiva — com quem já havia trabalhado no Bahia —, Gregore se firmou como peça-chave no meio-campo alvinegro. Mesmo sem ser um artilheiro, ele já deixou sua marca em momentos decisivos, como nas partidas contra São Paulo, Bragantino e, principalmente, Palmeiras.
“Aquele jogo contra o Palmeiras, lá no Allianz, foi muito especial. Fiz gol, joguei bem, e acho que deu um impulso enorme para a reta final da Libertadores. Aquela vitória nos deu confiança para acreditar que seríamos campeões“, recordou.
Agora, o foco do volante está voltado para o Mundial de Clubes, que será disputado a partir de junho. Para ele, a preparação já começou: “É o sonho de qualquer jogador enfrentar os melhores do mundo. Sabemos que teremos jogos muito difíceis, mas estamos trabalhando para chegar prontos. São 11 contra 11, e vamos buscar nossos sonhos com força total“, declarou.
Situação do Botafogo no Brasileirão
O Botafogo vai ao Mineirão neste domingo, às 16h, buscando recuperação no Campeonato Brasileiro. A equipe vem de uma sequência de dois jogos sem vitória — empate com o São Paulo e derrota para o Bragantino. Já o Atlético-MG ainda não venceu na competição, somando dois empates e duas derrotas até aqui.