Quanto será pago e quem fica com o dinheiro?
Nesta última segunda-feira (20), o Zenit, da Rússia, anunciou através de suas redes sociais que finalizou três negociações com o Botafogo. O atacante Luiz Henrique foi para o clube russo, enquanto Artur e Wendel estão acertados com o Glorioso. Vale lembrar que o volante só irá em junho.
O anúncio conjunto das três negociações despertou uma curiosidade nos torcedores brasileiros. Qual será a quantia movimentada concretamente entre os dois times? Quem ficará com o dinheiro da venda de Luiz Henrique?
A proposta russa pelo atacante foi de 35 milhões de euros, enquanto o Glorioso ofereceu 20 milhões de euros por Wendel e 10 milhões por Artur. A matemática parece simples e indicaria que o Botafogo receberia 5 milhões de euros pelo conjunto das três negociações. Mas, não foi exatamente assim.
Como funciona a negociação entre Botafogo e Zenit
As três vendas serão parceladas, mas com condições diferentes. O Botafogo conseguiu aumentar o valor à vista pago pelo Zenit por Luiz Henrique. Já as compras de Wendel e Artur terão uma quantia menor desembolsada imediatamente e mais parcelas nos próximos semestres. Os russos até tinham oferecido um negócio colocando os dois jogadores como moeda de troca. Mas, a Eagle Football, empresa multi-clubes de John Textor, dono da SAF alvinegra, precisava arrecadar dinheiro a curto prazo.
O que nos leva para a outra dúvida: para onde vai o dinheiro? O aumento do valor à vista pago pelo Zenit era uma exigência de Textor para fechar o acordo. Ele estava com pressa para cobrir o rombo nas finanças do Lyon, da França, outro clube da Eagle. Isso porque o empresário trabalha com um sistema de caixa único, com todos os clubes que fazem parte da empresa. A estratégia ficou explícita em uma entrevista coletiva do americano, no dia 16 de novembro, logo depois da punição do clube francês, que está proibido de contratar jogadores e será rebaixado ao final da temporada europeia se não melhorar suas finanças. Na ocasião, assegurou que a venda de atletas do Glorioso em janeiro reforçaria o caixa do time francês.
São comuns as transações entre os times da Eagle. Thiago Almada foi o último exemplo, emprestado pelo Botafogo para o Lyon até junho deste ano. Com as mudanças constantes de jogadores entre equipes, Textor adotou o sistema de caixa único. Agora, boa parte da venda de Luiz Henrique será encaminhado ao clube francês. A estratégia não é certeza de sucesso e o órgão que puniu o Lyon não aceitou na reunião de novembro argumentos referentes ao processo. No momento da contratação de Luiz Henrique, não havia menção a direitos federativos presos ao time francês.
Jogadores podem sair?
Alguns jogadores do Botafogo estão na mira e não são apenas de times que estão debaixo do guarda-chuva da empresa de Textor. O ex-treinador do clube, Artur Jorge, que atualmente está no Al-Rayyan, admitiu que está interessado em levar alguns atletas do Glorioso para o Catar.
Durante entrevista ao Alkass, veículo local, o treinador português falou sobre o interesse. “Não posso garantir que faremos propostas, só nós temos 5 vagas para estrangeiros. Que seja nessa janela ou no fim da temporada. Os jogadores do Botafogo são muito alvos porque eu os adoro, gosto muito deles e do que conquistamos. Os conheço muito bem, no valor futebolístico e no caráter”, afirmou.