O Botafogo vive um momento delicado fora de campo após a saída de Davide Ancelotti. A diretoria ainda não conseguiu avançar na contratação de um novo treinador e enfrenta uma sequência de obstáculos no mercado. A informação é dos jornalistas Bruno Andrade e André Hernan, da ESPN, que detalharam os bastidores da busca alvinegra.
Um dos nomes sugeridos foi o do uruguaio Diego Alonso, treinador experiente e com passagens por clubes sul-americanos e do futebol europeu. No entanto, apesar de ter sido debatido internamente, a avaliação é de que essa possibilidade não deve evoluir para uma negociação concreta.
Outro nome que ganhou força nos bastidores foi o de Martín Anselmi, técnico que recentemente comandou o Porto. Houve conversas iniciais e consultas, mas, até o momento, não houve avanço prático. O cenário segue indefinido e sem sinais claros de desfecho a curto prazo.
Preferência esbarra em projeto ambicioso do Mirassol
A principal preferência do Botafogo neste momento é Rafael Guanaes, treinador que comandou o Mirassol na temporada de 2025. O trabalho realizado chamou atenção no mercado, especialmente pelo desempenho competitivo no Brasileirão Betano e pela organização tática da equipe.
Apesar do interesse, a impressão dos jornalistas é de que dificilmente Guanaes deixará o Mirassol agora. O clube do interior paulista vive um projeto considerado ambicioso, que inclui a inédita disputa da Copa Libertadores, fator que pesa diretamente na decisão do treinador.
Além disso, existe uma relação de confiança e lealdade entre Guanaes e Juninho, dirigente que comanda as ações do Mirassol. Esse alinhamento interno fortalece a permanência do técnico e dificulta qualquer investida do Botafogo neste momento.
Crise política aumenta turbulência no Botafogo
Para agravar o cenário, o Botafogo também convive com ruídos internos. As constantes divergências entre o Clube Social e o investidor John Textor geram instabilidade política e acabam interferindo diretamente no planejamento do futebol. Esse ambiente turbulento afasta nomes e dificulta negociações.
Com recusas, entraves políticos e alvos esfriando, o Botafogo segue literalmente em estaca zero na busca por um novo comandante. O clube corre contra o tempo para evitar que o planejamento da próxima temporada seja ainda mais comprometido.