Eagle decide não investir no Botafogo

A disputa entre John Textor e a Eagle Football Holdings pela gestão da SAF do Botafogo continua sem solução. No podcast GE Botafogo, o jornalista Sérgio Santana explicou que as partes ainda não chegaram a um consenso e que o clima segue instável dentro da estrutura administrativa do clube.

Textor no Botafogo. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
© Thiago Ribeiro/AGIFTextor no Botafogo. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Segundo ele, “ainda não há estabilidade entre Textor e Eagle”, com cada lado tentando impor sua visão. Textor busca novos investidores para o clube, enquanto a Eagle resiste em liberar mais recursos até que o empresário “abra o clube” e apresente de forma detalhada as finanças e os gastos recentes.

Santana destacou que a Eagle quer mais transparência antes de retomar os aportes financeiros, cobrando uma gestão mais aberta. Textor, por sua vez, teme perder autonomia sobre as decisões do Botafogo ao permitir esse nível de acesso, o que mantém o impasse e trava o planejamento para a próxima temporada.

Clube social tenta se movimentar

Enquanto o impasse entre John Textor e a Eagle Football continua, o clube social do Botafogo também tenta se movimentar. O presidente João Paulo Magalhães Lins já se reuniu com representantes da Eagle para discutir “possíveis caminhos para o futuro do Botafogo sem Textor”, mas, segundo o jornalista Sérgio Santana, ainda não há nada definido.

O repórter explicou que a situação está longe de uma solução rápida. Ele afirmou que “ainda vai demorar um pouco para surgir algo concreto”, já que a disputa envolve grandes interesses financeiros e diferentes visões sobre o controle da SAF.

Textor, dono da SAF do Botafogo. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Santana destacou que o Botafogo se tornou um ativo valioso no mercado, o que aumenta o peso da disputa. “É um clube com história, tradição e que voltou a ser protagonista, o que o torna um ativo importante. E brigas desse tipo, que envolvem dinheiro e poder, não se resolvem de um dia para o outro”, concluiu.

Investimentos no Botafogo

Desde que John Textor comprou a SAF, ligado a Eagle Football, há três anos, o clube conquistou o Brasileirão e a Libertadores, e teve investimentos muito altos: quase R$ 1 bilhão em contratações desde 2022. Porém, isso pode mudar com esses impasses.

Foram sete janelas de transferências nesse período, e a mais cara foi a do início de 2025, com cerca de R$ 494 milhões gastos. Enquanto o time colhe bons resultados, o futuro financeiro e administrativo do Botafogo ainda depende da solução do conflito entre Textor e a Eagle.