Durante o Summit Academy da CBF, em São Paulo, o CEO do Botafogo, Thairo Arruda, usou bom humor para falar sobre o aprendizado adquirido ao longo dos quatro anos de Sociedade Anônima do Futebol no clube. Logo na abertura de sua participação, ele fez referência à convivência com o Lyon, que integra o mesmo grupo multiclubes comandado por John Textor.

Botafogo abre o jogo sobre relação com o Lyon e Thairo dispara brincadeira inesperada — Foto Foto DivulgaçãoBotafogo
Botafogo abre o jogo sobre relação com o Lyon e Thairo dispara brincadeira inesperada — Foto Foto DivulgaçãoBotafogo

Quando soube que o tema seria SAF no Brasil, pensei que precisava dividir algo prático da experiência do Botafogo. A primeira lição é simples: não emprestem dinheiro ao Lyon. Podem emprestar para qualquer outro time, menos para eles… eles não pagam“, brincou o dirigente, arrancando risos dos presentes.

Botafogo e Lyon fazem parte da rede de clubes administrada pela Eagle, e nos últimos anos houve troca constante de recursos e jogadores entre Brasil e França. O clube carioca, inclusive, revelou em carta que o Lyon recebeu cerca de R$ 771 milhões em empréstimos e que ainda restavam R$ 286 milhões pendentes em agosto.

John Textor CEO do Botafogo durante partida contra o Corinthians no estadio Engenhao pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Apesar do conflito judicial que se arrasta desde julho, Thairo valorizou os benefícios da parceria: “A participação do Botafogo em um grupo multiclubes foi algo muito positivo nesses primeiros anos. O John criou um sistema de caixa compartilhado que funciona muito bem quando um dos clubes precisa de dinheiro imediato. Se o Lyon vende um jogador por 50 milhões de euros e o Botafogo está precisando de fluxo, isso ajuda demais“, continuou.

CEO explica apoio ao Botafogo

O CEO explicou que, inicialmente, o clube francês apoiou o Botafogo financeiramente, mas que o quadro se inverteu recentemente: “No começo, o Lyon emprestava mais ao Botafogo. Depois, foi o contrário. E agora vamos fechar 2025 com receita recorde, perto de R$ 1,5 bilhão”, explicou.

“Esse montante permitiu quitar boa parte do que foi repassado ao Lyon e ainda gerar saldo. Houve uma ruptura, talvez momentânea, e estamos tentando reconstruir essa ponte. As conversas estão acontecendo para restabelecer a relação entre os clubes e os sócios”, concluiu.

Thairo dividiu o palco com outros representantes de SAFs, entre eles Carlos Amodeo, CEO do Vasco, no painel “SAFs no Brasil: Experiência, Lições Aprendidas e Futuro”.