Associativo quer esclarecimentos
O clima fora de campo no Botafogo segue tenso, com aliados de Textor e membros do associativo disputando espaço na gestão do clube. Recentemente, João Paulo Magalhães Lins, presidente do clube associativo, buscou detalhes sobre as finanças do Alvinegro em encontro com um sócio da Eagle Football.

Diante das informações levantadas, o associativo, que possui 10% das ações, marcou reunião com Thairo Arruda, CEO do Botafogo, para a próxima terça-feira, 14 de outubro. Durante o encontro, os conselheiros prometem questionar minuciosamente a condução financeira da SAF, exigindo respostas claras sobre o momento econômico do clube.
Venda de Cuiabano
Segundo a ESPN, nos bastidores do Botafogo, a relação com John Textor ainda é cercada de dúvidas. Embora haja reconhecimento pelo investimento do empresário norte-americano, membros do clube associativo questionam a execução do aporte mínimo prometido à SAF e surgiram rumores de que a venda do lateral Cuiabano ao Nottingham Forest teria sido usada para equilibrar a folha salarial.
Mesmo com essas incertezas, o Alvinegro demonstra interesse em manter Textor no comando, mas dentro de condições que garantam a sustentabilidade financeira. A diretoria associativa quer respostas claras e sinais de que a gestão da SAF seguirá de forma transparente e organizada.
Enquanto isso, a Eagle e a Ares, que financiaram a compra do Lyon por Textor em 2022, pressionam para a saída do empresário. Um posicionamento do clube social em favor de uma troca de diretoria poderia encerrar a disputa entre os grupos e definir o futuro político e financeiro do Botafogo.
Outros bastidores
Em julho, o presidente João Paulo Magalhães Lins tentou segurar John Textor no comando do Botafogo, enviando carta aos acionistas da Eagle que pressionavam pela saída do empresário. Agora, no entanto, Magalhães Lins pretende investigar mais a fundo as finanças do clube, sinalizando uma possível reviravolta na relação entre os grupos.
Diante do cenário de incerteza, o associativo busca promover um diálogo para resolver a situação. A Eagle defende uma auditoria sem Textor, enquanto o empresário resiste a deixar o clube que transformou, mantendo o impasse sobre o futuro da diretoria do Alvinegro.