Hulk não é mais capitão

A perda da faixa de capitão de Hulk no Atlético chamou a atenção dos torcedores e levantou debates sobre os motivos da mudança. O atacante, que há anos é um dos líderes do elenco, vinha acumulando cartões por reclamações e passou a ser alvo de críticas pelo comportamento em campo.

Hulk pelo Atlético. Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
© Jorge Rodrigues/AGIFHulk pelo Atlético. Foto: Jorge Rodrigues/AGIF

Após a vitória sobre o Bolívar, Hulk explicou pela primeira vez os bastidores da decisão. O camisa 7 garantiu que a iniciativa partiu dele e não da comissão técnica, ressaltando que a pressão constante da arbitragem influenciou na escolha.

“Decidi não usar mais a faixa de capitão. Conversei com o Sampaoli, pedi para não usar mais, para não me expor tanto, porque eu não poderia exercer minha função como capitão.”, afirmou o camisa 7 do time Alvinegro.

Hulk critica postura da arbitragem

Hulk voltou a falar sobre a perda da faixa de capitão e destacou a dificuldade de exercer o papel diante da forma como é tratado pela arbitragem. O atacante lembrou que, em teoria, apenas o capitão tem o direito de dialogar com os juízes, mas garantiu que, no seu caso, a regra parecia não se aplicar.

Segundo o camisa 7, já presenciou situações em que outros atletas “darem peitada no árbitro” sem qualquer consequência, enquanto ele era punido até em lances menos graves. Para Hulk, essa postura desigual inviabilizou que seguisse representando o Atlético dentro de campo.

Hulk com a arbitragem no Galo. Foto: Fernando Moreno/AGIF

“Sou eu quem vai mudar isso? Não. Demorei para entender e falei que, a partir de hoje, não uso mais a faixa de capitão no Galo, porque, infelizmente, não poderia exercer uma função que seria colocada para mim dentro de campo.”, afirmou o atacante.

Atacante cita lance

Hulk relembrou um episódio recente na Copa Sul-Americana para exemplificar o que considera excesso da arbitragem. No confronto diante do Bucaramanga, na Arena MRV, o atacante contou ter sido advertido de forma surpreendente, mesmo mantendo um tom respeitoso na conversa.

Teve um lance na Sul-Americana que é ridículo o cartão que eu tomei. Eu estava conversando com o árbitro, ele vira para mim e fala: ‘ok, com respeito’… e me dá amarelo. Eu fiquei sem entender nada. Existe muita diferença entre comunicação e reclamação. Discordar não é reclamar. O fato de eu discordar não quer dizer que eu tenha que tomar amarelo.”, concluiu o camisa 7.