Dadá, o ídolo do Galo e a conquista do Brasileirão de 1971
Em 1971, o Atlético-MG conquistou seu segundo título brasileiro em sua história. Dentre os destaques daquele lendário time treinado por Telê Santana, havia um atleta no qual sua presença foi essencial para fazer do Galo campeão nacional.

Dario José dos Santos, ou melhor, Dadá Maravilha, foi o grande astro daquele Galo que levou para casa o Brasileirão daquele ano. O atacante, com seus gols e a irreverência que o tornou um dos ídolos da Massa e um dos personagens mais famosos do futebol brasileiro, foram o grande símbolo daquela conquista histórica
Desde quando começou a ganhar espaço pelo time do Atlético-MG, em 1969, Dario conquistou a torcida e até esteve na seleção brasileira que conquistou o tricampeonato mundial no ano seguinte, no México. Mas a sua consagração com a camisa alvinegra e para o futebol nacional veio mesmo em 1971.
Naquele ano, o Brasileirão (chamado de Campeonato Nacional de Clubes) fora disputado por 20 clubes e três fases. Na primeira, os times foram divididos em dois grupos de dez, com os seis melhores de cada chave avançando para a segunda fase, na qual eram divididos em três chaves com quatro clubes. O campeão de cada um destes grupos iria para o triangular final, de turno único, para decidir o campeão.
Já desde a primeira fase o Galo de Dadá Maravilha se destacou. Na parte inicial do torneio, o time ficou em segundo lugar no Grupo B, atrás apenas do Grêmio. Na segunda fase, superou Internacional, Santos e Vasco para chegar ao triangular final, onde encarou Botafogo e São Paulo.
O gol do título veio da cabeça do ‘Rei Dadá’
E foi nesta fase decisiva que o Atlético-MG mostrou todo seu potencial. Depois de vencer o São Paulo na estreia por 1 a 0, gol de Oldair, e de ver os paulistas golearem os cariocas (4 a 1), apenas uma goleada tiraria o título do Galo. E não seria assim, com Dario marcando o gol do título atleticano, na vitória por 1 a 0.
Ao todo naquele Brasileirão, Dadá fez 15 gols e foi o artilheiro da competição, a primeira de três oportunidades em que se consagrou como o maior goleador da Série A, as outras duas em 1972, também com a camisa do Galo, e em 1976, já como jogador do Internacional.
O gol e as frases do homem que ‘parava no ar’
O gol que deu o título ao Atlético-MG foi marcado de cabeça, a especialidade de Dario. Pelo Alvinegro, Dadá Maravilha anotou vários tentos deste modo e trouxe alegrias para Massa. E, como não poderia deixar de ser em seu caso, criou uma frase imortalizada pelo jogador.
Dono de uma irreverência talvez sem igual no futebol brasileiro, que seguiu firme depois de pendurar as chuteiras, o ‘Homem Maravilha’ (um de seus apelidos), criou frases que entraram para a história, Uma delas foi quando afirmou que ‘apenas três coisas paravam no ar: beija-flor, helicóptero e o Dadá‘.