Atlético-MG sai com grande desvantagem no Maracanã
O Atlético-MG perdeu para o Flamengo por 3 a 1, na tarde deste domingo (03), no Maracanã, pela primeira partida da final da Copa Betano do Brasil. Gabigol duas vezes e Arrascaeta marcaram para os cariocas, enquanto Alan Kardec descontou.
Apesar do apoio da torcida, o Galo foi facilmente dominado no primeiro tempo. No ataque, Paulinho e Hulk tiveram um jogo apagado. Scarpa até tentou, mas pouco foi efetivo. Já atrás, péssimo dia de Otávio, Battaglia, Lyanco e todo o sistema defensivo.
Agora, o Atlético-MG terá uma grande montanha para escalar na próxima semana, na Arena MRV. Algo que foi sentido no final do jogo, quando os torcedores gritaram “Eu Acredito” nas arquibancadas.
Quais foram as estratégias de Gabriel Milito na final da Copa do Brasil?
Milito começou o jogo num 3-5-2 , esquema que vem sendo utilizado em grande parte da sua passagem. A ideia era oferecer amplitude pelos lados, com descidas de Arana, Rubens e Scarpa. Assim, fazendo com que Paulinho e Hulk encostassem para trabalhar e o lado esquerdo fosse explorado, principalmente.
Porém, isso não deu certo. O Flamengo pressionava no meio e acelerava pelos lados, com Michael, Plata, Gerson e Wesley. Dos volantes Otávio e Alan Franco, para os três homens de trás, Lyanco, Alonso e Battaglia, havia um espaço onde os cariocas trabalhavam, sem nenhum combate. Situação que resultou na discussão entre Battaglia e Hulk.
Como Michael e Plata recuavam para fechar os lados, as descidas de Rubens, Arana e Scarpa pouco faziam efeito na construção. Sem a bola, o Galo era castigado pela transição rápida dos donos da casa, como no primeiro gol de Arrascaeta.
Mais erros de Milito e acerto com entradas no segundo tempo
Outro ponto tem a ver com os zagueiros Léo Pereira e Léo Ortiz, que ficavam livres para encostar no meio e ajudar o Flamengo na construção, seja com a bola no pé ou lançamentos. Algo que foi enxergado pelo treinador argentino no primeiro tempo, mas que não foi corrigido.
No segundo tempo, houve uma melhora. Milito ajustou a posição dos homens de trás, com Lyanco, Alonso e Battaglia menos expostos. Com a entrada de Saraiva, aconteceu uma compactação.
Ele ainda colocou Zaracho e Alisson para se aproximarem dos homens da frente, ao perceber que o Flamengo não contra-atacava como antes. Deu certo, já que o segundo foi muito perigoso. Também colocou Alan Kardec, que incomodou a defesa nas bolas aéreas e fez o gol de “esperança” para semana que vem.