O Atlético-MG divulgou, nesta terça-feira (18), uma nota oficial afirmando não ter qualquer conhecimento sobre possíveis irregularidades relacionadas aos aportes feitos pelo banqueiro Daniel Vorcaro na Galo Holding S.A., companhia responsável pela gestão da SAF alvinegra.

Atlético-MG afirma desconhecer suspeitas sobre origem de aportes na SAF — Foto Gilson JunioAGIF
Atlético-MG afirma desconhecer suspeitas sobre origem de aportes na SAF — Foto Gilson JunioAGIF

O posicionamento veio após reportagens do Estadão e do Sport Insider levantarem suspeitas sobre a origem dos recursos vinculados ao investidor citado.

No comunicado, o clube reforça que os aportes ocorreram por meio do Galo Forte Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, estrutura regulada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e administrada pela Trustee Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários. O Atlético ressaltou que tanto o fundo quanto sua administradora operam legalmente e são registrados no órgão fiscalizador.

A instituição ainda destacou que o Galo Forte FIP é um dos acionistas da Galo Holding S.A., e reiterou não ter ciência de nenhuma irregularidade envolvendo o veículo ou seus participantes. Segundo o clube, toda a operação segue padrões formais de mercado e está devidamente documentada.

MG – Belo Horizonte – 25/02/2023 – MINEIRO 2023, ATLETICO-MG X AMERICA-MG – Vista geral do estadio Mineirao para partida entre Atletico-MG e America-MG pelo campeonato Mineiro 2023. Foto: Gilson Junio/AGIF

Entenda caso do Vorcaro

As reportagens que motivaram a manifestação apontam que investimentos atribuídos a Vorcaro teriam relações indiretas com dois fundos suspeitos de manter vínculos com o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das principais organizações criminosas do país. O banqueiro detém 26,9% da Galo Holding, percentual que corresponde a 20,2% quando considerados os 25% da Associação.

Diante da repercussão, o Banco Master, ligado a Vorcaro, também se posicionou. A instituição negou qualquer ligação com os fundos Hans 95 e Olaf 95, citados nas investigações, e ressaltou que tais estruturas não fazem parte do grupo nem possuem vínculo societário com executivos da instituição.

Por fim, o Banco Master completou explicando que a Reag Investimentos atua apenas como prestadora de serviços, função que desempenha para inúmeros clientes, não tendo relação direta com a origem dos aportes citados nas reportagens.