São Paulo corta dívidas e revela números surpreendentes em relatório financeiro
O São Paulo divulgou nesta semana um relatório detalhando o impacto do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), criado em parceria com a Galapagos Capital para reorganizar as finanças do clube. O documento aponta que já foram captados R$ 240 milhões desde outubro de 2024.
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Desse montante, R$ 135 milhões entraram diretamente no caixa tricolor para pagamento de dívidas e despesas operacionais. O mecanismo, segundo o relatório da Outfield Ventures, foi decisivo para dar fôlego imediato às contas.
O FIDC possui patrimônio total de R$ 400 milhões e é dividido entre cotas sênior e subordinada. Com essa estrutura, o clube obteve recursos a custos mais baixos que a média de 2024, o que permitiu quitar dívidas bancárias caras e reduzir o passivo em cerca de 17%.
Um respiro financeiro
Apesar da melhora, o relatório mostra que o departamento de futebol ainda não atingiu suas metas de gastos. Nos dois primeiros trimestres de 2025, o São Paulo registrou déficits de R$ 23,1 milhões e R$ 10,5 milhões, reflexo de despesas acima do previsto com o elenco profissional.
Julio Casares presidente do Sao Paulo antes da partida contra o Flamengo no estadio Maracana pelo campeonato Brasileiro A 2024. Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
Mesmo assim, houve avanço na política de contratações. O clube reduziu em 37% os gastos na aquisição de atletas em relação ao mesmo período do ano anterior e priorizou a racionalização do elenco. Vendas de jogadores renderam R$ 107,2 milhões no semestre.
O enxugamento de contratos
Entre os pontos destacados, estão o enxugamento de contratos, renegociações administrativas e a chegada de novos patrocínios, incluindo a renovação com a patrocinadora máster. A gestão espera fechar 2025 com superávit e desempenho financeiro sustentável.
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O relatório conclui que o São Paulo hoje figura entre os clubes mais eficientes do país na relação custo-benefício entre investimento e resultados esportivos. A expectativa é que a continuidade da reestruturação permita maior equilíbrio e competitividade a médio prazo.
