Vasco, Cruzeiro e Botafogo foram algumas das grandes equipes do futebol brasileiro que se tornaram SAF (Sociedade Anônima do Futebol), ou seja, tiveram a sua gestão de futebol vendida para um investidor físico ou uma grande empresa. A situação pode se tornar tendência no Brasil nos próximos anos.
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Dessa maneira, vários clubes começaram a estudar a possibilidade, bem como aconteceu com o Santos. O Clube vive grande crise financeira e a gestão do presidente Andrés Rueda tem se comprometido a quitar a maioria das dívidas e tornar a equipe saudável financeiramente. Em palestra no Brasil Expo Center, o mandatário falou sobre as chances de aderir ao SAF.
“Quando a gente fala de SAF, precisamos entender o estágio do futebol brasileiro. Infelizmente, por gestões passadas, numa grande maioria, eles conseguiram transformar uma indústria de muito dinheiro em uma situação catastrófica. Não todos os clubes, mas quando vamos analisar como chegamos nessa situação, ou porque passou por uma gestão amadora, ou porque teve dolo. Alguns clubes que hoje estão em um patamar acima, o que diverge dos outros, tentaram antes resolver isso. Eu costumo falar. Futebol tem uma característica. Ele consegue gerar jogadores ricos, dirigentes ricos, empresários milionários e clubes falidos. Quando você tem essa situação, algo precisa ser feito”, comentou o cartola.
Rueda não pretende tornar o Santos uma SAF (Foto: PEDRO ERNESTO GUERRA AZEVEDO/Santos FC)
“Na SAF, uma instituição que foi criada com 100 anos, com sacrifício de seus sócios, com tijolo por tijolo, que sobreviveu a tantas coisas e simplesmente vender isso, não é minha posição, eu não concordo. Eu respeito a posição de cada clube, mas não é o melhor caminho. A solução real, os clubes têm problemas, precisam de dinheiro. E, principal, precisam de gestões profissionais. Não é com briga política, isso acaba com situação financeira. Que solução temos? Eu acredito que vender o clube não seja bom (…) Eu jamais serei o presidente que vendeu o clube”, concluiu Rueda.
