Walce revela medo de “não andar e fazer coisas simples da vida” após lesão grave; São Paulo recusa R$ 27 milhões pela joia

Uma das promessas em um São Paulo carente de defensores, o zagueiro Walce chamava a atenção na Barra Funda, nas Seleções de base e em outros clubes, até que uma lesão gravíssima interrompeu temporariamente a promissora carreira do jogador. Walce se machucou sozinho durante um treinamento para um jogo-treino da seleção brasileira sub-23 contra o Boa Vista. Ele rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, foi cortado da Olimpíada e submetido a uma cirurgia, com previsão de recuperação de seis a oito meses.

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Muitas vezes, não há acesso ao processo de reabilitação dos jogadores, mas Walce contou seu drama ao Globoesporte.com, e o problema para ele foi muito maior do que parecia ser à primeira vista. “Minha preocupação maior quando me machuquei foi de poder voltar a andar, de voltar a fazer as coisas mais simples da vida”, afirmou.

Zagueiro Walce sofreu lesão séria no joelho e ainda está em tratamento. Foto: Rubens Chiri/SPFC

Por conta do novo coronavírus, Walce está fazendo seu tratamento em isolamento doméstico, seguindo um protocolo desenvolvido pelo São Paulo e contando com a ajuda do irmão, que estuda fisioterapia e se mantém em contato com os profissionais do São Paulo, segundo contou o zagueiro à Gazeta Esportiva.

Mais otimista em relação à recuperação, Walce, no entanto, viu alguns de seus planos suspensos por agora: o Bragantino, campeão da série B e buscando se reforçar para a primeira divisão, insistiu bastante na contratação do jogador, prometendo que o negócio pudesse servir como uma ponte para que o zagueiro atuasse do RB Leipzig, da Alemanha. A transação chegou à cifra de R$ 27 milhões, e o interesse foi confirmado pelo zagueiro ao Esporte Interativo, assim como o desejo de permanecer no São Paulo.

“Existiu sim (o interesse), não posso mentir (…) sempre entreguei na mão do meu empresário e do São Paulo, sempre falei pra eles que meu sonho é crescer dentro do São Paulo e fazer história aqui dentro, mas o que fosse melhor para o clube eu estaria de acordo”.