Uma tarefa de extrema dificuldade é atingir a glória eterna da América sem perder ao menos uma partida. Em um torneio tão brigado, tanto dentro, quanto fora de campo, é comum que as equipes tropecem em alguma oportunidade ao longo da disputa. Caso o Flamengo saia superior contra o Athletico-PR na final da Libertadores, no próximo sábado (29), o Rubro-Negro Carioca será mais campeão invicto. O confronto entre os brasileiros terá uma cobertura especial da Star+, que vai registrar a história sendo feita.
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Isso porque apenas seis times na história conseguiram repetir tal feito, tendo apenas dois brasileiros na lista. Entre várias mudanças de formato na competição, algumas equipes disputaram menos ou mais jogos, o que altera o nível de dificuldade para alcançar a taça sem perder. Caso Pedro, Gabigol, Arrascaeta e Everton Ribeiro alcancem a conquista da Libertadores, eles vão entrar numa prateleira ocupada por Pelé, Emerson Sheik e vários outros craques.
Confira os campeões invictos da Libertadores:
Peñarol – 1960 – 3 vitórias e 4 empates (7 jogos)
Equipe uruguaia seria bicampeã continental na época, porém, a primeira conquista foi a que roubou a cena. Além de inaugurar a competição organizada pela Conmebol, que na época se chamava Copa dos Campeões, o Peñarol levantou a taça sem perder uma partida sequer. Liderada por Alberto Spencer, Luis Cubilla, Carlos Borges e outros, o Aurinegro ainda seria campeão Mundial em cima do Real Madrid de Puskás e Di Stefano.
Santos – 1963 – 3 vitórias e 1 empate (4 jogos)
Um dos melhores times da história do futebol é brasileiro e foi liderado pelo Rei Pelé. Na segunda conquista da América pelo Santos, o Peixe conseguiu a invencibilidade nos quatro jogos disputados. Em formato enxuto, o Alvinegro Praiano começou a disputa já nas semifinais, vencendo duas vezes o Botafogo de Garrincha. Na final, Coutinho e Lima construíram a hegemonia no primeiro confronto contra o Boca Juniors. Já na volta, brilhou a estrela de um jovem chamado Edson Arantes do Nascimento.
Independiente – 1964 – 6 vitórias e 2 empates (8 jogos)
O maior rival do Rancing também iniciou a trajetória campeã na Libertadores com o pé direito. Atualmente, o Independiente é o maior vencedor do torneio, com sete conquistas. Porém, em 1964, o Diablo Rojo vencia pela primeira vez de maneira impecável. Com a Artilharia de Mario Rodriguez, nascia em Avellaneda o Rey de Copas, em um time que contava ainda com Mura, Luís Suárez e Savoy. Em 2014, TVs argentinas divulgaram áudios que relataram uma possível manipulação de resultados contra o Santos, naquela edição. Porém, nada foi confirmado.
Estudiantes – 1969 – 3 vitórias e 1 empate (4 jogos) e 1970 – 4 vitórias (4 jogos)
Um feito único e ainda inalcançável foi atingido no final da década de 60. O Estudiantes de La Plata foi duas vezes campeão invicto da Libertadores. Novamente, a competição aderiu a um formato econômico, o que favoreceu os argentinos. Com apenas oito jogos nas duas edições, foram ao todo sete vitórias e um empate. Apesar do regulamento, Los Pinchas convenceram em campo e conquistaram o Tri seguido, após a primeira conquista em 1968. Além de Bilardo e Togneri, destaca-se o pai de Sebastian Verón, Ramón Verón. A curiosidade fica para os boicotes da época com adesão de Santos e Internacional, devido a organização do torneio.
Boca Juniors – 1978 – 4 vitórias e 2 empates (6 jogos)
Um dos times mais temidos pelos brasileiros no início dos anos 2000, era ainda um coadjuvante na Libertadores na década de 70. O Boca Juniors venceu o torneio continental pela segunda vez em sua história em 1978, com uma campanha invicta que marcaria seu nome na América do Sul. Em nova mudança no formato, os Xeneize fora direto para as semifinais, participando de triangular com Atlético Mineiro e River Plate. Mastrángelo, Salinas e Perotti marcaram na goleada em cima do Deportivo Cali e confirmaram o título na La Bombonera.
Corinthians – 2012 – 8 vitórias e 6 empates (14 jogos)
O último campeão invicto da Libertadores foi um brasileiro e ainda está fresco na memória dos fãs de futebol. Sob o comando do técnico Tite, o Timão passou por tradicionais equipes do continente, com destaque para os confrontos nacionais. Nas quartas, o Vasco foi uma das grandes pedras no sapato do Alvinegro na competição. Além do Santos de Neymar e Ganso, a Fiel viu o Corinthians de Riquelme padecer para Emerson Sheik e Romarinho, que imortalizou a cavadinha na La Bomboneira.
Agif/Mauro Horita – Paulinho se destacou em 2012
A bola vai rolar no próximo sábado (29), para a grande decisão da Libertadores. Flamengo e Athletico-PR duelam pelo principal título da América e prometem fazer um confronto típico de gigante. Se você não quer perder essa final, ‘assista aqui’.
