Prestes a completar um mês da ruptura com América-MG, a decisão de Jailson de ter rescindido seu contrato antecipadamente segue gerando discussão entre os torcedores. Na oportunidade, ogoleiro alegouproblemas de relacionamento envolvendo um colega de clube, o então concorrente de posição Matheus Cavichioli. Asmotivações para o conflito interno foram reveladas em apuração do portal Globo Esporte.
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Para relembrar o início da polêmica: o goleiro de 41 anos optou por encerrar o vínculo com o Coelho no começo de julho, após ficar insatisfeito como retorno de Cavichioli entre os titulares.O estranhamento entre eles, no entanto, se arrastava a mais tempo do que quando veio à tona, diante de torcedores e imprensa.
A origem da desavença se dá no ano de 2017,quando Jailson, que na época defendia a camisa do Palmeiras, era agenciado por Marcelo Zanotti. O agente, por sua vez, também tinha parceria com o estafe responsável pela carreira de Cavichioli (vínculo que durou até 2020). De acordo com fontes ouvidas pelo ge, Matheus apontava diferença entre o planejamento destinado a ele e a Jailson, devido a relação do medalhão comMarcelo Zanotti.
Durante uma entrevista, mesmo sem citar o nome de Cavichioli, Jailson falou sobre um companheiro de plantelque sentia ciúmes dele. “Aconteceu que tinha um cara muito ciumento. Chegou um cara muito vitorioso, e ele ficou de biquinho, um cara que era leva e traz na imprensa. Um cara que, nos dias de hoje, pesando 130 kg, não se cuida, e eu sou um cara que me cuido bastante, aos 41 anos“, declarou o defensor.
Justamente pelo histórico de atritos com o colega de posição, Jailson só aceitou a proposta de chegar aoAmérica-MG, no início de 2022, porque Cavichioli não tinha condições de jogo. No momento em questão, oex-titular havia passado por cirurgia no coração. No entantomem junho, na partida contra o Flamengo, pelo Brasileirão, Cavichioli voltou a ser titular.
O retorno foi provocado após Jailson ter alegado dores na coxa e, em seguida, apresentar amigdalite. Desde então, o goleiro foi reserva do desafeto e, insatisfeito com a posição no banco de reservas, Jailsonchegou a exigir à diretoria doAmérica-MGque rompesse o contrato de Cavichioli. Como a diretoria não acatou a condição, Jailson optou por deixar o Coelho.
Por meio da assessoria, o Clube informou que não houve exigência alguma vinda do medalhão, além de garantir que a hipótese de romper contrato com Cavichioli jamais fora cogitada. Do outro lado da polêmica,Léo Feijó, atual empresário de Matheus Cavichioli, optou por não comentar sobre o assunto. O agente ainda afirmou que se cliente tem a intenção de encerrar a carreira no América-MG.
MatheusCavichioli, por sua vez, durante uma entrevista ao Canal Decadentes, optou por dar fim às rugas pública com o ex-colega. “Minha resposta é trabalho, é treino. Não tenho motivo para rebater crítica, com palavras, algum tipo de acusação, nem nada. Tenho compromisso fechado com algo muito maior, que é o América. Meu compromisso é com o América“, afirmou.
Vagner Mancini, treinador do Coelho, deixou sua visão sobre o acontecido. “Foram 12 dias inativos e dois de treinamento. Por coerência, eu não podia voltar o Jailson para o gol. Ele não estava tecnicamente e fisicamente pronto para entrar no gol. E eu estaria abrindo um precedente de incoerência no grupo, o que eu não faço. Quando escalei o Matheus (contra o Goiás), o Jailson me chamou. Estávamos eu, ele e o Fred (diretor de futebol), e ele manifestou o interesse em ficar de fora da partida”, esclareceu Mancini.
Dessa forma, a decisão de Jailson foi premeditada pelo jogador. Em entrevista a um podcast, o goleiro admitiu que já havia sinalizado à diretoria que poderia sair.”Minha saída não foi sem pensar. Eu avisei uma, duas, três vezes: ‘se acontecer as coisas que tão acontecendo, eu vou pegar minhas coisas e vou embora’“, declarou. o ex-arqueiro americano.
