Nesta manhã (15), em seu estádio, o Grêmio enfrentou o São Luiz, pelo Campeonato Gaúcho. Apesar da vitória de virada por 3×2, gols de Paulo Miranda, Thiago Neves e Diego Souza, o clima foi de críticas às autoridades ligadas ao futebol. O jogo aconteceu de portões fechados e os jogadores entraram em campo com máscaras de proteção. O técnico Renato Portaluppi deu declarações fortes após a partida.
“Essa homenagem que o Grêmio fez hoje é para alertar as autoridades dos riscos do coronavírus. Jogador de futebol também é gente. Não adianta fechar os portões, e os riscos dos jogadores e profissionais que estão aqui? Será que a gente precisa entrar em greve? Esperamos que o bom senso prevaleça no futebol também. Nós todos temos famílias em casa. As autoridades do esporte tem que pensar nisso”, criticou.
E o treinador do Imortal continuou: “Ninguém quer fazer greve. A palavra certa é bom senso no momento, são vidas que estão em jogo e, no mundo todo. Vida não tem preço. O campeonato tem que ser paralisado, nós, jogadores não somos imunes. Essa decisão já deveria ser tomada ontem. O que vai acontecer depois não importa. O importante é parar o campeonato, o mais importante são as vidas. Campeonato a gente decide depois.”
A fala do treinador do Tricolor Gaúcho é embasada, visto que o Rio Grande do Sul já tem sete casos confirmados de Covid-19, a doença causada pelo coronavírus. No Brasil, já são 121 casos, de acordo com o Ministério da Saúde. Alguns jogadores se pronunciaram pós-jogo, como foi o caso do jovem meia Matheus Henrique que, na zona mista, disse: “É ruim jogar sem torcida, sou favorável que o campeonato seja paralisado. O vírus é muito perigoso para todos”.
Já o veterano Thiago Neves, autor do gol de empate, endossou as falas do companheiro e do técnico Renato: “Aquele gol do Paulo Miranda deu um gás a mais no segundo tempo. Não era pra sofrer tanto. Buscamos o empate. Por tudo que criamos, merecíamos a vitória. Agora é ver o que vai dar, se vai paralisar ou não. Espero que sim. Nós, jogadores, não somos imunes ao vírus. Vamos ver o que a federação vai fazer”.
