As ruas de Salvador, capital baiana, foram palco de um show de horrores promovida por membros de torcidas organizadas do Bahia e do Vitória. Na tarde do último domingo (4), mais de 50 torcedores foram encaminhados para a Central de Flagrantes, Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV), Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI) e Delegacia Especializada de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente (Dercca), após um confronto que terminou com três pessoas internadas em estado grave. Dois homens integrantes da Os Imbatíveis, organizada do Vitória, foram presos em flagrante por tentativa de homicídio, pois participavam do grupo que agrediu três integrantes da Bamor, organizada do Bahia, com chutes, pedradas e atropelamento.
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As cenas lamentáveis aconteceram na região do Largo da Argeral, na Av. Nestor Duarte, no bairro São Caetano. Os torcedores foram atropelados por um veículo modelo Volkswagen Gol, que deu ré em alta velocidade atingindo o grupo da Bamor que, na ocasião, estava em menor número. Após o atropelamento, três torcedores que estavam caídos foram agredidos .
Dentre os torcedores que estão hospitalizados, está Marcelino Ferreira Barreto Neto, conhecido como Netinho , integrante da Bamor que foi indiciado por causa do atentado ao ônibus do Bahia, atingido por uma bomba de fabricação caseira, na Avenida Bonocô, antes do duelo contra o Sampaio Corrêa, pela Copa do Nordeste. Além de Netinho, os demais hospitalizados são Alexandre Santana Franco e Lucas Queiroz da Silva. Apesar de uma das vítimas ter sofrido um afundamento no crânio, segundo informações do ‘Correio’, nenhum dos feriados corre risco de morte.
A Polícia Civil informou que todos os envolvidos estão sendo submetidos a consulta em sistemas de inteligência da polícia e a interrogatórios. O Bahia emitiu uma nota condenando a situação entre as torcidas. “Ainda incrédula com as cenas chocantes que acabou de ver nas redes sociais, a diretoria do Esporte Clube Bahia vem a público repudiar mais um lamentável ato de violência ligada ao futebol e demonstrar todo apoio e solidariedade às vítimas deste novo episódio. A barbárie está normalizada.” .
O Esquadrão ainda recordou outro episódio recente de violência praticado contra um torcedor tricolor. “No último domingo já havia acontecido com um torcedor tricolor na ida à Fonte Nova para o jogo contra o Vasco, em condições semelhantes, com agressões generalizadas a partir de um grupo de pessoas. Como pano de fundo, a impunidade. Mais de seis meses depois, ninguém foi responsabilizado pelo atentado ao nosso ônibus, em fevereiro, para citar apenas o exemplo de um caso absolutamente extremo. O recado que passa é: tudo pode; tá tudo liberado. O Esquadrão conclama as autoridades públicas. Vídeos que estão circulando permitem identificar e finalmente punir os responsáveis – independente do time que usem como subterfugio para praticar crimes. O que será mais necessário acontecer? Até quando?”
