A saída precoce de Jhon Arias em julho deixou mais do que saudade no Fluminense: deixou números difíceis de substituir. Mesmo atuando por apenas sete meses em 2025, o colombiano terminou a temporada como líder absoluto de estatísticas ofensivas do elenco, um retrato claro do tamanho do vazio que sua despedida abriu no segundo semestre.
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O contexto ajuda a entender o impacto. Arias deixou o Fluminense no meio do ano, encerrando um ciclo marcado por regularidade e protagonismo. Naturalmente, esperava-se que, com metade da temporada ainda pela frente, outros jogadores assumissem o posto estatístico deixado pelo camisa 21. Isso, porém, não aconteceu. Nenhum atleta conseguiu superar seus números mesmo com mais partidas disputadas.
Arias faz falta no Flu?
O clímax dessa história está nos dados frios e implacáveis. Arias terminou 2025 liderando passes decisivos (113), assistências (13), grandes chances criadas (16) e faltas sofridas (95).
Em campo, era o jogador que acelerava transições, quebrava linhas no drible e desequilibrava defesas adversárias. Fora dele, o Fluminense perdeu fluidez e passou a depender de ações mais fragmentadas no setor ofensivo.
Especialistas apontam que a ausência de um substituto com características semelhantes foi determinante. A criação passou a ser diluída entre vários atletas, mas sem o mesmo volume, constância e agressividade.
Os números ajudam a explicar por que o time sentiu dificuldades em alguns momentos do pós-julho: Arias concentrava ações decisivas que nenhum outro nome conseguiu reproduzir sozinho.
Arias lidera diversos cenários no Fluminense
Ainda assim, o cenário também reforça o mérito individual do colombiano. Em apenas sete meses, Arias não só liderou as principais estatísticas criativas como permaneceu no topo de outros fundamentos, como dribles certos (77, segundo no elenco), aproveitamento de passes (89%) e participação direta em finalizações. Mesmo longe na reta final, seu nome seguiu presente nos rankings internos.
O comparativo com o restante do elenco é eloquente. Enquanto Germán Cano terminou como artilheiro com 20 gols, e Kevin Serna liderou dribles certos (117), nenhum jogador chegou perto da influência global de Arias na construção ofensiva. Sua vantagem em passes decisivos, 113 contra 60 do segundo colocado, escancara o abismo criativo deixado.
