A Netflix estreou um novo faroeste em seu catálogo: trata-se de Vingança e Castigo, filme que tem a presença sempre imponente de Idris Elba, que recentemente pode ser visto em Esquadrão Suicida e já tem diversos bons serviços prestados ao cinema. Agora, ele aparece nesse longa-metragem cheio de estilo, mas que sofre com alguns problemas no andamento da história.
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O filme embala todos os clichês dos faroestes que foram lançados desde “Os Imperdoáveis”, a obra-prima do gênero dirigida por Clint Eastwood em 1992 e que merecidamente ganhou o Oscar de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Montagem. As histórias de vingança mudaram desde esse lançamento, e isso acabou ecoando em várias produções desde então.
Aqui, temos mais uma vez essa história do desejo desenfreado de vingança, que se sobrepõe a racionalidade em momentos de fúria. O filme conta a história de Nat Love, que presencia o assassinato de seus pais pelas mãos do bandido Rufus Buck. Anos se passam e Nat se torna também um fora-da-lei. Buck, que estava preso, é libertado da prisão por seus companheiros de gangue. É estabelecida a dinâmica do filme: Love fará de tudo para confrontar o bandido que matou seus pais e vingá-los, qualquer que seja o preço a pagar por isso.
Logo de começo é possível reconhecer o estilo do filme, usado em tantos outros faroestes mais antigos e outros modernos. As influências que parecem vir dos western spaghetti do Sérgio Leone vão até Django Livre, aquele do Tarantino. E essas influências não são traduzidas apenas em imagens, mas também no estilo do texto escrito pelo diretor Jeymes Samuel, ao lado de Boaz Yakin. Os diálogos são rápidos e cortantes, que passam a impressão de modernidade.
Vingança e Castigouma bela homenagem aos faroestes, usando todos os clichês do gênero para montar uma história que prende a atenção pelos diálogos inteligentes, fotografia deslumbrante e ótimas atuações. O problema está na montagem, que se estende por muito mais do que deveria, deixando o filme longo sem necessidade.
Veja a crítica completa no vídeo acima. O filme já está disponível no streaming.