Miguel Falabella contou um pouco dos bastidores dos tempos em que era autor da TV Globo. Em entrevista ao colunista Lucas Pasin, do UOL, Falabella revelou que tinha carta branca na criação de suas séries, embora não acontecia o mesmo quando escrevia novelas, chegando a declarar que algumas “ficaram de castigo”.
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“Nunca fui preso a nada. Escrevi ‘Pé na Cova’, ‘Toma Lá Dá Cá’, fiz o que eu quis. Sou um privilegiado porque tive Roberto Talma [diretor da Globo, falecido em 2015] na minha vida. Ele dizia: ‘Faz’. Eu falava: ‘Vou fazer uma funerária, no Irajá, com uma mulher alcoólatra maquiadora de defunto, a filha é puta e namora um sapatão mecânico. Os vizinhos são esquizofrênicos, e ele dizia ‘Faz!’. Para seriados eu sempre tive liberdade de criação”, afirma.
Falabella acabou saindo da Globo em 2020. No período, ele escreveu algumas novelas, como “Salsa e Merengue”, “A Lua Me Disse”, “Negócio da China” e “Aquele Beijo”. Porém o artista admitiu que as suas novelas não tinham uma boa aceitação nos bastidores da emissora.
Era fevereiro de 2004, quando Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa entregaram a sinopse de "A Lua Me Disse" (2005), trama que chega no @globoplay no dia 31 deste mês e, que segundo seus autores, seria uma "comédia politicamente incorreta". O Globo (7/02/2004)
“Novela é outra coisa. Lá você é obrigado a realmente atender ao desejo do público. É o que banca o salário de todo mundo, tem que atender o público. […] As minhas novelas vão entrar no streaming agora. Elas não eram muito bem vistas. Outro dia soube que ‘A Lua me disse’ vai entrar no Globoplay, e vi algumas pessoas celebrando. Ela estava bem lá de castigo antes”, revelou.
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Estreia de comédia no streaming
Miguel vai protagonizar a série chamada “Novela”, no Prime Video, vivendo a pele de um experiente e picareta teledramaturgo. Ele irá rivalizar com outra autora, que será interpretada por Monica Iozzi. Produzida pelo Porta dos Fundos, a série irá estrear no dia 28 de julho.