O apresentador Manoel Soares criticou as brechas que o Código de Trânsito Brasileiro, modificado no ano passado, ainda tem. Ele usou o caso do modelo e influenciador Bruno Krupp que foi parado em uma blitz no dia 27 de julho, três dias antes do acidente que matou um adolescente de 16 anos no Rio. Bruno está preso em um hospital do Méier, Zona Norte do Rio.

Foto: Reprodução/TV Globo e Instagram/Bruno Krupp
Foto: Reprodução/TV Globo e Instagram/Bruno Krupp

Krupp estava sem habilitação, se recusou a fazer teste do bafômetro e o veículo estava sem placa. Mesmo assim, conseguiu recuperar a motocicleta. Durante o Programa ‘Encontro com Patrícia Poeta’, Manoel lamentou que a lei permita que em casos como o dele, que foi parado porque estava irregular, seja dada a opção de apresentar um condutor habilitado e possa retirar a moto, como aconteceu. 

Foto: Reprodução/TV Globo

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"Às vezes a lei nem sempre tá certa, porque a gente vive num contexto delicado em que um cidadão consegue ficar livre, e em outros contextos um cidadão que pega um detergente passa anos na cadeia", opinou Manoel, acrescentando: "Existe sim uma distorção e quase que uma seletividade da lei na hora de fazer. Então isso é preocupante", afirmou.  

No mandado de prisão preventiva, a juíza Maria Izabel Pena Pieranti ressaltou que Krupp  dirigia uma moto sem placa a 150 km/h numa via cujo limite é 60km/h. Além disso, três dias antes do atropelamento, ele havia sido parado numa blitz com a mesma moto, recusando-se a fazer o teste do bafômetro. Também no mandado de prisão preventiva, a magistrada destacou que o modelo possui anotações criminais por estelionato e estupro. A juíza determinou que Krupp seja investigado por homicídio com dolo eventual — quando a pessoa assume o risco de matar —, dizendo que ele "persistiu numa conduta assaz perigosa, cujo resultado era plenamente previsível, em uma via de muito movimento, quando a vítima atravessava na faixa de pedestres, imediatamente abaixo do semáforo".