Chegou aos cinemas do mundo inteiro nesta quinta-feira (18) o filme “Ghostbusters: Mais Além”, continuação direta dos filmes “Caça Fantasmas” que foram sucesso nos anos 80 e que se tornaram um marco do entretenimento.A convite da Sony Pictures, o Bolavip Brasil assistiu ao filme e trouxe uma crítica sem spoilers:
Sim, sabemos que houve uma espécie de reboot em 2016 com o elenco feminino, mas os produtores optaram por ignorar esse filme e partir para uma continuação direta dos eventos mostrados há 32 anos.
Houve muito medo em relação ao filme, mesmo que ele tenha sido dirigido, produzido e co-escrito por Jason Reitman, filho do lendário Ivan Reitman, que foi um dos idealizadores dos dois primeiros longas-metragens. O cineasta 4 vezes indicado ao Oscar assumiu o comando do projeto que muitos fãs estavam aguardando — a boa notícia é que ninguém vai se decepcionar com esse filme. Muito pelo contrário.
Antes, a premissa: “Ghostbusters: Mais Além” acompanha a vida de Callie (Carrie Coon), uma mãe solteira que precisa cuidar de seus dois filhos, Travor e Phoebe (Finn Wolfhard e McKenna Grace), mas vive cheia de problemas financeiros. Abandonada por seu pai ainda na infância, ela recebe a notícia da morte dele, e que herdou uma propriedade em uma cidade pequena em Oklahoma, Estados Unidos.
Sem opções, os três se mudam para o local, onde descobrem que a casa está caindo aos pedaços e que seu antigo morador era tido como louco na cidade. Os dois jovens começam a explorar a propriedade, e logo descobrem equipamentos antigos, feitos para caçar fantasmas.
Ao mesmo tempo, a cidade começa a presenciar alguns eventos sobrenaturais, que chamam a atenção de Travor e Phoebe, além de Podcast (Logan Kim), um garoto que Phoebe conheceu na escola, e o professor Gary (Paul Rudd). Todos eles acabam envolvidos em um enorme evento sobrenatural que remonta o que aconteceu em Nova York em 1984, quando três Caça-Fantasmas salvaram a cidade.
Ghostbusters: Mais Além une saudosismo e atualização
Dizer mais do que isso pode estragar as novidades mostradas em “Ghostbusters: Mais Além”. O filme consegue um ótimo equilíbrio entre a nostalgia e a atualização da história, sendo possível assistir sem ter visto os anteriores, mas ainda assim se encantar com o enredo. Talvez essa seja a maior prova de que “Caça-Fantasmas” ainda é um filme capaz de atrair a nova geração, mesmo sem os efeitos visuais modernos de hoje, tendo apenas personagens absolutamente carismáticos comandando a narrativa.
Para os nostálgicos, é evidente que o filme traz uma tonelada de easter-eggs, o que com certeza vai fazer com que os fãs voltem para assistir mais de uma vez para perceber todas as dicas deixadas por Jason Reitman e o co-roteirista, Gil Kenan. Não fica devendo nada ao filme de 1984, e pode até mesmo ser considerado superior a sua segunda parte, de 1989. É empolgante, engraçado, emotivo e, principalmente, funcional. Como cinema, “Ghostbusters: Mais Além” é o retorno a um cinema bem mais divertido, sem as amarras do realismo que vem dominando os blockbusters de uns tempos para cá.
Em relação ao elenco, todos estão ótimos, em especial o núcleo formado por Carrie Coon, Paul Rudd, Finn Wolfhard e McKenna Grace. Os dois últimos tem mais destaque, já que o filme é mais focado em seus personagens e suas descobertas na “fazenda mal-assombrada” em Oklahoma; no entanto, os veteranos têm seus momentos, principalmente quando embarcam em um enredo bem conhecido dos fãs do original.
Mais sobre o elenco, não podemos dizer. Em breve, vamos falar com spoilers do filme e também sobre os easter-eggs escondidos (ou não) na trama de “Ghostbusters: Mais Além”. O que é importante saber agora é: assim que o filme estrear, vá assistir. É o tipo de produção que merece a tela grande, a experiência conjunta na sala de cinema. É uma forma, também, de honrar o legado deixado por um filme que, garantidamente, deixou sua marca no cinema pop, e que não perderá seu brilho (e sua alma, com o perdão do trocadilho) tão cedo.