A modelo Luiza Brunet completa, nesta terça-feira (24), 60 anos de idade. Desde 2016, ela aderiu à causa dos direitos das mulheres e vem percorrendo o mundo contando a sua história. Na época, ela acabou sendo severamente agredida pelo seu ex-companheiro, o empresário Lírio Parisotto, o que causou quatro costelas e um dedo quebrados, além do rosto desfigurado. No entanto, Luiza revelou que já era muito assediada no passado. 

Luiza relembrou os tempos que era madrinha da seleção brasileira
© Reprodução/Instagram oficial de Luiza BrunetLuiza relembrou os tempos que era madrinha da seleção brasileira

"[...] Sempre fui uma menina batalhadora, com meus preceitos, firme em seu propósito. No meu auge como modelo, você não tem noção da quantidade de assédio. Eu aparecia pelada na Playboy, viajava à beça, era madrinha da Seleção Brasileira, um ambiente só com homens… Dá para imaginar. Recebia investidas de jogador de futebol, empresários, mas eu não me corrompi. Não estava procurando dinheiro", disse ela, em entrevista ao jornal O Globo.

Luiza contou sobre a sua transformação na carreira, ao se tornar uma ativista. Reprodução/Instagram oficial de Luiza Brunet

Luiza contou sobre a sua transformação na carreira, ao se tornar uma ativista. Reprodução/Instagram oficial de Luiza Brunet

Luiza esclareceu que a mudança de "símbolo sexual" para ativisita se deu naturalmente. "Nem percebi isso, quando vi já tinha acontecido. Desde menina, tenho corpo livre. Nasci no interior do Mato Grosso do Sul, minha avó era indígena e meu DNA feminino tem muito a ver com a questão da natureza, da liberdade. Ficava de calcinha o dia inteiro até os 8 anos. Era uma criança realmente livre, talvez tenha sido essa a deixa para a pessoa que me abusou aos 12 anos, quando trabalhava de empregada doméstica no subúrbio do Rio", comentou. "Desde o momento da denúncia, em 2016, não parei de trabalhar com isso, seja no Brasil ou no exterior", explicou, ao relembrar sobre o momento da agressão do ex-marido.

A mãe de Yasmin Brunet relatou uma série de violências sofridas por ela durante o seu relacionamento. "A agressão é o ápice. Tiveram violências emocionais, psicológicas e patrimonial. Lírio chegou a falar que se a gente terminasse ninguém ficaria comigo porque ele era fulano de tal e estava me largando. Cheguei a me perguntar se isso era verdade. Fiquei com a autoestima baixa, muito doente. Era uma relação muito desgastante, uma loucura", declarou. Mesmo alcançando uma autonomia financeira ainda jovem, ela afirma que isso não a deixou imune aos assédios. "[...] Essa independência financeira acabou não permitindo que eu passasse por uma série de violência e abuso ao longo da vida", encerra.