Herdeiros de Vinícius de Moraes (1913-1980) serão indenizados pela União por reparações materiais e danos morais, segundo acordo feito na 28ª Vara Federal no Rio de Janeiro, afirma a coluna do Ancelmo Gois no Globo.
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O valor de R$ 3,4 milhões está relacionado à aposentadoria compulsória do poeta pelo AI-5, ato da ditadura militar de 1968, que retirou Vinícius dos quadros do Itamaraty, enquanto o artista estava em Portugal.
Segundo entrevista publicada pela Veja em 12 de janeiro de 2000, o ex-presidente João Figueiredo explicou as reais causas da demissão do poeta do Itamaraty: “Ele até diz que muita gente do Itamaraty foi cassada ou por corrupção ou por pederastia. É verdade. Mas no caso dele foi por vagabundagem mesmo”.
“Eu era o chefe da Agência Central do Serviço e recebíamos constantemente informes de que ele, servindo no consulado brasileiro de Montevidéu, ganhando $ 6000 dólares por mês, não aparecia por lá havia três meses”.
“Consultamos o Ministério das Relações Exteriores, que nos confirmou a acusação. Checamos e verificamos que ele não saía dos botequins do Rio de Janeiro, tocando violão, se apresentando por aí, com copo de uísque do lado. Nem pestanejamos. Mandamos brasa”, disse o documento.