A nova turnê do RBD virou um dos assuntos mais comentados do Brasil. Entretanto, diversos fãs do grupo Rebelde acabaram se decepcionando ao descobrirem que Alfonso Herrera, o Poncho, se "recusou" a participar dos shows da banda. Em entrevista ao El País, o mexicano decidiu se explicar novamente sobre o motivo pelo qual não participou dos shows, além de expôr uma suposta exploração sofrida pelo grupo.

Foto: Frazer Harrison/Getty Images
Foto: Frazer Harrison/Getty Images

"Sei que [a turnê “Soy Rebelde”] será um sucesso enorme e não desejo a outra coisa além de coisas boas a todos eles”, começou dizendo ele, ao ser questionado sobre sua ausência nos shows. “Foi difícil porque assinamos um contrato cedendo os direitos do personagem da novela, da imagem deles e de tudo que foi explorado em termos de merchandising. Não vimos um único centavo”, continuou ele, falando não ter recebido dinheiro por sua imagem.

Reprodução/Instagram oficial de Alfonso Herrera.

Reprodução/Instagram oficial de Alfonso Herrera.

Na sequência, Herrera ainda revelou que o RBD fez um show para mais de 60 mil pessoas e recebeu apenas 18 mil pesos (cerca de R$ 5110,23, na cotação atual)“Eu tinha 23 ou 24 anos e via a cara dos meus colegas em todos os lugares vendendo biscoitos, chicletes, sucos, cadernos, tênis, lápis e nada… A emissora de televisão dona desse projeto [Televisa] não foi justa e não é questão de dinheiro, tem a ver com a questão de trabalho. Fizemos um show no Coliseo de Los Angeles com 63 mil pessoas, por exemplo, e eles me pagaram 18 mil pesos por isso”, disse ele.

Por fim, Herrera ainda revelou que os integrantes do grupo se ajudaram em momentos difíceis: "Compartilhamos coisas que ninguém sabe e nós seis estivemos lá em momentos alegres e em tempos difíceis, como no Brasil [quando três pessoas morreram pisoteadas em uma sessão de autógrafos, em 2007] (...) Até hoje tenho um pouco de medo quando vou a um lugar onde tem muita gente. Estávamos sozinhos e nos apoiamos porque não tínhamos apoio psicológico para lidar com essa situação. Foi muito difícil. Anos depois voltamos ao Brasil, reencontramos os parentes e eu conheci o pai de uma das meninas que perdeu a vida. Aquele acontecimento me marcou de uma forma muito profunda e, por mais que eu tente dar a volta por cima, ele ainda está lá".