É mais comum do que a gente quiser, ouvir dizer que cinema brasileiro não é tão legal não.

O filme Marighella tem estreia confirmada para 4 de novembro.
© Imagem: Reprodução/InstagramO filme Marighella tem estreia confirmada para 4 de novembro.

Muitas vezes grandes filmes da indústria nacional passam pela nossa frente e não conseguimos enxergar.

Filmes que já tem fama internacional, grandes produções que concorreram nos maiores festivais do mundo, mas que também causaram polemicas antes ou depois da estreia.

Fica conosco para conhecer os filmes mais chocantes e as maiores bilheterias do cinema brasileiro, no país e no mundo.

25. Cidade de Deus (2002)

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O filme dirigido por Fernando Meirelles retrata o crescimento do crime organizado na Cidade de Deus. A favela começou a ser construída na década do 60 e se tornou um dos lugares mais perigosos do Rio de Janeiro.

Vários personagens atravessam o decorrer da trama para contar a Cidade de Deus, mas o protagonista, Buscapé é o nosso narrador que cresceu nesse ambiente cheio de violência.
Cidade de Deus chegou a concorrer nos Oscar com quatro indicações, incluindo Melhor Filme Internacional. A grande repercussão internacional tornou o filme uma das maiores referencias da produção local no mundo.

24. Tatuagem (2013)

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O drama dirigido por Hilton Lacerda, em novembro de 2015 entrou na lista feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos.

O filme rodado na integra Olinda, Recife e Cabo de Santo Agostinho conta o Brasil de 1978.

Um grupo de artistas e intelectuais provocam a moral da época pregada pela ditadura militar com espetáculos de resistência política. Nesse contexto Cleito e Fininha vão se conhecer e suas vidas seran marcadas para sempre.

23. Cidade Baixa (2005)

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Cidade Baixa é um filme de drama brasileiro dirigido por Sérgio Machado. Foi lançado no Brasil e em festivais internacionais de cinema em 2005, incluindo a exibição na seção Un Certain Regard no Festival de Cannes.

O filme narra os fatos que encontram ao Deco (Lázaro Ramos) e Naldinho (Wagner Moura) com Karinna (Alice Braga). É um triângulo amoroso entre uma prostituta e dois homens que fazem transporte marítimo.

A caminho da Cidade Baixa de Salvador e entre as dificuldades de relacionamento, o filme mostra o cotidiano das pessoas dessa região. Fala de pobreza, drogas, prostituição e violência.

22. Falcão - Meninos do Tráfico (2006)

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O documentário produzido pelo rapper MV Bill registra a vida de jovens de favelas brasileiras envolvidos no tráfico de drogas. O registro realizado entre 1998 e 2006, mostra a vida de menores de várias comunidades do Brasil.

"Falcão" é uma gíria utilizada nas favelas para designar os meninos que têm a tarefa de vigiar a comunidade e informar a chegada da polícia ou estranhos.

A repercussão do documentário no país foi imediata após ter sido exibido no programa semanal Fantástico, da TV Globo, um dos mais populares em audiência no Brasil.

21. Tropa de Elite (2007)

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É claro que nessa lista não pode faltar Tropa de Elite. O filme policial brasileiro de 2007 dirigido por José Padilha, que também escreveu seu roteiro e que tem se convertido numa das maiores referencias do cinema brasileiro.

O tema principal é a violência urbana na cidade brasileira do Rio de Janeiro junto com a ajuda do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. O filme é baseado em elementos presentes no livro Elite da Tropa, de André Batista e Rodrigo Pimentel, em parceria com Luiz Eduardo Soares.

Estrelado por Wagner Moura, André Ramiro, Milhem Cortaz, Fernanda Machado e mais, o filme gerou polemicas por causa de tocar assuntos sensíveis como o tráfico de drogas e as diferentes violências que o filme mostra. Também é considerado um dos filmes mais pirateados, chegando na estima de 11 milhões de copias ilegais.

20. À Meia-Noite Levarei a Sua Alma (1964)

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Mais um filme que já entrou na lista dos 100 melhores filmes brasileiros da Abraccine. À Meia-Noite Levarei Sua Alma, de 1964, é protagonizado e dirigido por José Mojica Marins.

O filme narra a história do Zé do Caixão, odiado pelos moradores de uma cidade do interior, está obcecado em conseguir gerar o filho perfeito, aquele que possa dar continuidade ao seu sangue. 

19. Baixio das Bestas (2006)

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Na Zona da Mata pernambucana, região de canaviais que movimentam trabalhadores rurais e caminhoneiros, vive Auxiliadora, jovem de 16 anos explorada por seu avô, Heitor.

O filme brasileiro de 2006 foi anunciado como Melhor Filme do 39º Festival de Cinema de Brasília no mesmo ano. Com cenas fortes e explicitas, reflete sobre a condição da mulher e a violência do Brasil profundo.

Muitas polemicas giraram em torno ao filme por causa da procura segundo os autores de refletir e questionar, mas o caráter explicito do filme também acabou por distanciá-lo do objetivo inicial. 

18. Bonitinha, mas ordinária (1981)

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Nesse ponto chegamos num filme que já foi polemico no tempo da estreia, mas o tempo não o ajudo envelhecer bem. A longa metragem dirigida por Braz Chediak não é um filme fácil de assistir por causa da violência sexual apresentada ao longo da história.

O drama conta a vida do Edgard que trabalha como subalterno na empresa do milionário Werneck e é apaixonado por Ritinha, uma professora que sustenta a toda sua família. Ele é empurrado a se casar com Maria Cecília, filha do patrão. Os motivos são obscuros, mas o Edgard aceita.

Uma adaptação do filme em 2013 levou as piores críticas e ficou considerado um erro total do cinema.

17. Pixote (1980)

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Pixote foi abandonado por seus pais e rouba para viver nas ruas. Nos reformatórios conviveu com todo o tipo de criminoso e jovens delinquentes que seguem o mesmo caminho. Ele sobrevive se tornando um pequeno traficante e assassino com apenas onze anos.

O filme brasileiro de 1980 foi dirigido por Hector Babenco baseado no livro Infância dos Mortos do escritor José Louzeiro. É considerado um relato que mostra com muita crueza a realidade das ruas de São Paulo, onde diversas crianças têm sua inocência retirada ao entrarem em contato com o mundo do crime, da prostituição e da violência.

Maior sucesso de crítica nacional e internacional, o filme foi indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor filme estrangeiro. Em novembro de 2015, Pixote, a Lei do Mais Fraco entrou na lista feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos.

16. Muito Além do Cidadão Kane (1993)

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Chegamos no que pode ser o filme mais polemico da nossa lista. Embora não estejamos falando de um filme propriamente brasileiro, o documentário britânico registra as relações da mídia com brasileira com o poder do país.

Centrado na figura do Roberto Marinho, proprietário da Rede Globo até 2003, a produção testemunha os vínculos da TV Globo com a ditadura militar. Segundo a Yahoo, Marinho conseguiu uma liminar para impedir a estreia do filme. Muito além do Cidadão Kane foi exibido no Brasil.

15. Cabra Marcado para Morrer (1984)

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Outro filme que faz parte da lista da Abraccine. Dirigido por Eduardo Coutinho, um dos maiores documentaristas do Brasil, Cabra narra a vida de Joao Paulo Teixeira, o líder camponês assassinado em 1962.

A produção começou a ser filmada em 1964. Mas com a chegada da Ditadura, acabou sendo censurada pelo Governo Militar, que chegou a prender membros da equipe de filmagem. Retomada 20 anos depois, e continuando as conversas com os mesmos protagonistas, o filme também adquire o reflexo do passo do tempo.

14. Terra em Transe (1967)

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Filme polemico e sucesso combinam, aqui tem mais um da lista Abraccine.

A produção de Glauber Rocha, Terra em Transe apresenta a história militantes, intelectuais e políticos que estão envolvidos na disputa pelo poder da fictícia República de Eldorado.

Acusado de ser subversivo e ofensivo à Igreja Católica, o longa foi barrado por alguns meses durante a ditadura.

13. Como era gostoso o meu francês (1971)

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Com direção de Nelson Pereira dos Santos, o filme faz parte do ciclo final do Cinema Novo, um movimento muito influenciado pelo modernismo do Oswald de Andrade que propunha a transfiguração de cultura estrangeira e nativa na criação de um produto de caráter nacional.

A sátira incomodou o público no início dos 70, ao mostrar o seu elenco nu, falando uma língua exótica (tupi) quase sem usar legendas e terminando (para o horror da plateia) num ritual antropofágico onde se devorava o protagonista.

O filme foi indicação oficial do Brasil para o Oscar de 1973 na categoria de "Melhor Filme Estrangeiro".

12. Rio, 40 Graus (1955)

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Com roteiro e direção de Nelson Pereira dos Santos, Rio, 40 Graus conta a história de cinco garotos cariocas que vivem no subúrbio do Rio e que ganahm a vida vendendo amendoim.

Apesar do sucesso e reconhecimento, a narrativa não agradou muito os militares na década de 50 e foi censurada por mostrar aspectos negativos do país.

Em 2015, o título entrou no número 27 da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) como um dos 100 filmes brasileiros de todos os tempos.

11 Os Cafajestes (1962)

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Esse filme que nasceu para ser polêmico sim. Os Cafajestes é conhecido por ser a primeira produção nacional a mostrar uma cena de nu frontal. A atriz que realizou a proeza foi Norma Bengell, grande deusa da década de 1960.

No drama, Jandir e seu amigo Vavá, um playboy, vivem no mundo das drogas e sexo de Copacabana. Quando a dupla tem a ideia de tirar fotos comprometedoras de Leda, a amante do tio de Vavá, os problemas começam.

Escrita e dirigida por Ruy Guerra, o filme também foi indicado para o Urso de Oro em Berlim.

10 Carandiru (2003)

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O filme, baseado no livro “Estação Carandiru” de Dráuzio Varella, retrata as vidas de alguns detentos, conhecidos pelo médico durante uma campanha de prevenção à AIDS.

Carandiru conta a história do que foi a maior prisão da América Latina; a história do filme culmina com o massacre de 1992 ocorrido no local, onde 111 prisioneiros foram mortos, 102 pela polícia.

O próprio presídio foi usado para a realização de algumas cenas antes de ser demolido em 2002, um ano antes do lançamento do filme.

Entre várias indicações como a Palma de Ouro, o filme também venceu como Melhor Filme do Festival Internacional de Cinema de Cartagena.

9. Central do Brasil (1998)

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Um dos filmes nacionais mais famosos e respeitados no Brasil e no mundo. Central do Brasil foi vencedor do Urso de Ouro em Berlim e teve duas indicações ao Oscar (Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz).

O filme estrelado por Fernanda Montenegro narra a história de Dora, uma professora aposentada que trabalha como escritora de cartas para pessoas analfabetas na Estação Central do Brasil, a qual ajuda Josué, um garoto cuja mãe morreu atropelada por um ônibus, a encontrar seu pai no Nordeste.

8. Bingo: o Rei das Manhãs (2017)

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A gente sabe que cinema e palhaço podem acabar em polêmica, não é?!

Bingo: o Rei das Manhãs é um filme de comédia dramática brasileiro de 2017. O roteiro esta inspirado no período da vida de Arlindo Barreto, um dos atores que interpretara Bozo, o palhaço mais polêmico da televisão brasileira.

Cheia de cenas de consumo de drogas e sexo, mas com uma ótima direção do Daniel Razende o filme faz uma abordagem seria da crise do protagonista.

7. Aquarius (2016)

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O filme estrelado por Sônia Braga e dirigido por Kléber Mendonça Filho conta a luta da ultima moradora de um antigo edifício em Recife com a companhia que é a nova dona dos terrenos.

O filme foi sucesso imediato além de ter a Sônia no elenco, também pelo tratamento e o debate que apresenta em torno ao tratamento da sociedade para os idosos.

6. Hoje eu quero voltar sozinho (2015)

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O filme indicado para concorrer nos Oscars 2015 traz num romance adolescente, assuntos que ainda geram polêmicas não importa quando estejamos falando disso.

Cegueira e homossexualidade são parte da história que ainda recolhe prêmios no mundo inteiro.

5. O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias (2006)

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A vida de Mauro, de 12 anos, muda completamente quando seus pais saem de férias de forma repentina. Sob argumento de férias, os pais de Mauro fugem por causa da perseguição politica e ele tem que ficar com o velho judeu Shlomo.

A Copa do Mundo e a ditadura militar são os planos de fundo do filme que completam a narrativa do filme dirigido por Cao Hamburguer.

4. Madame Satã (2002)

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O filme produzido em colaboração com a França, conta a história do famoso travesti carioca João Francisco dos Santos, mais conhecido como Madame Satã


O filme teve estreia na mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes em 19 de maio de 2002 e foi lançado no Brasil a partir de 8 de novembro de 2002. Em 2015 também entrou na lista da Abraccine.

3. O Pagador de Promessas (1962)

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Único vencedor brasileiro da Palma de Ouro em Cannes até hoje, e indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, “O Pagador de Promessas” é uma adaptação da peça homônima de Dias Gomes.

Leonardo Villar interpreta Zé do Burro, um homem simples que faz uma promessa num terreiro de Candomblé de carregar uma cruz para salvar seu burro, mas enfrenta o descontentamento da Igreja Católica.

02. Bacurau (2019)

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Pouco após a morte de dona Carmelita, aos 94 anos, os moradores de um pequeno povoado localizado no sertão brasileiro, chamado Bacurau, descobrem que a comunidade não consta mais em qualquer mapa. Aos poucos, percebem algo estranho na região: enquanto drones passeiam pelos céus, estrangeiros chegam à cidade pela primeira vez.

O filme foi sucesso na hora da estreia e foi indicado para mais de 15 premios internacionais.

1. Marighella (2019)

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Marighella é um filme de 2019, dirigido por Wagner Moura, baseado na vida de Carlos Marighella.

O filme, adaptado da biografia Marighella - O Guerrilheiro que Incendiou o Mundo, de Mário Magalhães, é o primeiro de Moura como diretor e conta com Seu Jorge como protagonista, Adriana Esteves, Bruno Gagliasso e Humberto Carrão, entre outros.

Ele estrearia nos cinemas brasileiros em 20 de novembro de 2019, dia nacional da Consciência Negra, porém foi adiado para 2020 devido a problemas com a Agência Nacional do Cinema.

Devido a pandemia de COVID-19 o filme foi adiado novamente e a estreia finalmente foi programada para esse 4 de novembro.

Bônus - Dona Flor e seus Dois Maridos (1976)

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O maior triangulo amoroso da narrativa brasileira não podia ficar fora da lista.

Baseado no livro do Jorge Amado, e com direção de Bruno Barreto, a adaptação retrata a história Dona Flora, professora de culinária em Salvador e casada com Vadinho.

Logo de ficar viúva, Dona Flor casa com o farmacêutico da cidade, mas a saudade do primeiro amante leva a história para o magico e polêmico.