Em agosto, em meio à pandemia de Covid-19, o Grêmio acertava a venda do jovem Diego Rosa, um dos destaques do time na Copinha de 2020, para o grupo City, dono do time de Pep Guardiola e de outras agremiaçõesespalhadas pelo globo. O meio-campista de 17 anos não teve chancesna equipe de Renato Portaluppi e foi a solução econômica a curto prazo do presidente Romildo Bolzan diante da crise financeira sem jogos.
Pelo negócio, o Grêmio recebeu 3 milhões de euros à vista (cerca de R$ 30 milhões na cotação da época), mais 2 milhõesde euros agora, em janeiro, e terá mais 1 milhãode euro em janeiro de 2022, como acordado com os acionistas. Vale citar que o volante passou seis meses entre propostas de clubes europeus e renvação no Imortal. A joia será emprestada ao Lommel SK, da Bélgica, nesta primeira temporada no Velho Continente.
A intenção do City é que Diego ganhe rodagem nos primeiros anos em continente europeu para poder ser utilizado pelos Citizensdaqui a dois anos.Nesta terça-feira (02), o meio-campista foi apresentado oficialmente no clube belga e contou detalhes de sua trajetória no Grêmio.
Em uma reunião virtual, jornalistas brasileiros fizeram perguntas a Diego, que lamentou não ter recebido chances com Renato. “Eu tinha o sonho de primeiro jogar num time profissional. Mas não tive a oportunidade. Chegou essa proposta, foi melhor para mim, minha família e para o Grêmio. Resolvi seguir meu caminho. Tinha muito jogador bom na minha posição. Foi uma escolha do técnico. Então, vida que segue”, declarou o guri campeão mundial sub-17 com a Seleção Brasileira.
A venda do Grêmio ao grupo City podechegar a 23,5 milhões de euros (R$ 149 milhõesna cotação atual) se Diegoatingir metas estabelecidas em contrato. A primeira delas, por exemplo, é completar 10 jogos pelo Lommel, clube da segunda divisão da Bélgica. Caso isso ocorra, o Grêmio recebe o primeiro bônus. Outro gatilho é a inscrição do volantena Premier League, em que a premiação extra seria de 4 milhões de euros (R$ 26 milhões).
O negócio de Diegoapresenta semelhanças com o atacante Tetê, que, no início de 2019, foi negociado ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, também sem atuar no profissional com Renato. Parte da torcida fica na bronca até hoje com o treinador por não ter usado o ponta.
