Mirella Basílio, filha de consideração de Cariúcha, gravou um vídeo na tarde desta segunda-feira (9) para defender a funkeira das acusações de que a peoa seria uma pessoa supostamente preconceituosa. A jovem, que é transsexual, admitiu que a cantora vem tendo atitudes erradas em A Fazenda 15, mas negou que Cariúcha seja uma pessoa homofóbica e disse ainda que ela ajuda pessoas homossexuais com grande frequência.
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A jovem começou falando que a mãe de consideração cometeu preconceito, mas que ajuda a comunidade LGBTQIA+ sempre que pode: “Sou a filha transsexual da Cariúcha. Eu queria começar esse vídeo de uma maneira alegre e feliz, mas infelizmente os últimos acontecimentos não permitem que eu comece esse vídeo dessa maneira. Eu gostaria de deixar bem claro que eu não apoio nenhum tipo de atitude preconceituosa e nenhum tipo de atitude homofóbica. Ela cometeu esses tipos de atitudes sem pensar. Eu também já cometi, já tive atitudes parecidas com uma pessoa que não merecia. Eu também sofri com isso, eu pedi perdão, e acho que quando a gente reconhece os nossos erros, a gente evolui como ser humano”, começou.
Em seguida, Mirella Basílio disse que tem certeza que a peoa vai se arrepender das declarações feitas em A Fazenda 15: “É muito fácil cobrar respeito e empatia sendo que a maioria das pessoas pega isso e não faz nem a metade. Eu não tenho culpa das atitudes dela e eu tenho a certeza que assim que ela sair do programa, ela vai rever todas as atitudes dela e vai tomar a melhor solução para que o problema seja resolvido. Ela sabe que errou e que vai ter se redimir aqui fora”, opinou.
A jovem também contou que a mãe é bem solidária com a causa LGBTQIA+: “Por mais que ela tenha errado com as atitudes lá dentro, as pessoas estão dizendo que ela nunca fez nada para a causa LGBTQI+, e nesse ponto sim eu posso defendê-la. Eu posso dizer que independente das atitudes dela lá dentro, ela contribuiu para a causa sim, além de ser mãe de uma mulher transsexual que sou eu. Ela me tirou de condições precárias, sem me conhecer. Ela ajudou outras pessoas também, ajudou várias instituições, participou de eventos para arrecadar contribuições para ajudar pessoas em contribuições de rua”, destacou.
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Por fim, Mirella contou como teve o primeiro contato com a peoa: “Eu conheci a Cariúcha em meados de 2017 para 2018, e na época, não havia iniciado a transição [de sexo]. Na hora que eu a vi [em um programa de TV], eu fiquei muito feliz por ela ser uma pessoa muito carismática e alegre. Eu fui procurá-la nas redes sociais, achei o perfil dela no Instagram e não tinha nenhum fã clube. Eu fui a primeira pessoa a criar um fã clube para ela. Desde então, nossos laços foram se estreitando cada vez mais. O amor e o carinho foram aumentando. Um dia, eu mandei um áudio para ela de 20 minutos e ela escutou meu áudio com toda a paciência do mundo. Ela falou assim: ‘Você quer vir morar comigo? A sua família não está te ajudando, você não tem para onde ir, você não tem para onde ficar, você está aguentando violência doméstica, eu nunca fiz isso com ninguém, mas você quer virar morar comigo?’. Eu não pensei duas vezes. Ela mandou o dinheiro das minhas passagens e fui morar no Rio de Janeiro. Ela começou a falar para todo o mundo que eu era filha dela”, pontuou.
