Um grupo de pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) trouxeram uma notícia mais que animadora para quem enfrenta o Mal de Parkinson, doença degenerativa ainda sem cura. Os cientistas descobriram uma nova substância capaz de barrar a evolução da doença e impedir o seu agravamento. O tratamento consiste em apenas controlar os sintomas.
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O resultado da pesquisa foi publicado na revista Molecular Neurobiology e divulgada nessa quarta-feira (20) pelos centros de pesquisas envolvidos. A novidade ainda não é uma solução definitiva, mas traz uma perspectiva muito promissora em direção à cura, afirmam os cientistas. A pesquisa foi realizada no Laboratório de Neurobiologia Celular, sob a coordenação do professor Luiz Roberto G. Britto, e desenvolvida em conjunto com pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP)e da Universidade de Toronto, no Canadá.
Os pesquisadores afirmam que a substância sintética à base da molécula tirfostina, chamada de AG-490, conseguiu diminuir cerca de 60% da morte celular cerebral em camundongos. Esse resultado decorre da capacidade dessa substância conseguir inibir o TRPM2, que é um dos canais de entrada de cálcio nas células do cérebro.
O Parkinson é caracterizado pela morte precoce ou degeneração das células na região do cérebro responsável pela produção de dopamina. A ausência ou diminuição deste neurotransmissor afeta o sistema motor e também provoca sintomas não-motores, como alterações gastrointestinais, respiratórias e psiquiátricas.
“Em todas as células do organismo, quando esses canais estão muito ativos, a tendência é que ocorra uma sobrecarga de cálcio. Isso ativa uma série de enzimas que degradam as estruturas das células, levando à sua morte. Os camundongos que não receberam a substância apresentaram um resultado 70% pior nos testes comportamentais”, afirmou Britto, coordenador da pesquisa, em um comunicado à imprensa.
*Informções: Agência Acadêmica de Comunicação da ICB-USP