Em entrevista para o jornalista Léo Dias, Fábio Porchat contou mais detalhes sobre a sua saída da Record, onde tinha um talk show 'Programa do Porchat'. Entre essas, o humorista deu mais detalhes sobre a repetição de convidados, além da falta de perspectiva para o futuro. Segundo ele, isso fez com que ele desistisse de renovar o programa. 

Fabio Porchat saiu da Record em 2018. Foto: Reprodução/Instagram oficial de Porchat
Fabio Porchat saiu da Record em 2018. Foto: Reprodução/Instagram oficial de Porchat

O apresentador relembrou o momento e comentou sobre a falta de novidades no programa:

“Quando eu tava na Record, isso em março (de 2018), quando começou a nova temporada, eu olhei pro futuro. Aí eu falei, ‘não vai dar, não vai ter mais convidado, não vai ter mais novidade’, porque eu não consigo fazer a mesma entrevista cinco vezes se não tiver nada de novo. Eu não consigo. Quando começou a repetir, eu tentava dar um outro olhar, eu ia tentando diversificar, mas eu olhei pra frente e vi que no ano que vem não daria certo."

Porchat também comentou sobre as restrições que sofria dentro da Record. Segundo o apresentador, religião era um dos assuntos proibidos dentro do seu talk show. "Não podia falar de religião. Mas isso de todas as religiões, evangélica, católica e etc. Eu acho isso ruim, a gente tinha que mostrar que o mundo é plural, o mundo tem rabinos, aiatolás, o mundo tem de tudo, todas as religiões", disse. O ator comentou mais sobre:

"A Record tem lá as mil questões dela, toda emissora tem. Lógico que a Record é uma emissora religiosa, tem a questão da mora e dos bons costumes. Mas eu tive relações ótimas lá dentro”.

Além disso, o humorista comentou sobre a "coincidência" da emissora ter se aproximado do governo Bolsonaro após o fim do programa. “Foi meio premonitório, né? Foi em 2018, depois veio Bolsonaro e a Record ‘virou’ Bolsonaro”, disse. O humorista afirmou que não abria mão para dar certos posicionamentos dentro do talk show:

“Eu não ficaria em uma emissora que não me deixasse falar aquilo que eu quero falar, dentro do normal. Não é que eu quero virar no meio do programa e falar: ‘Votem todos contra o Bolsonaro’. Mas pode rir, brincar, sacanear”.