Bruno Luperi, neto de Benedito Ruy Barbosa, participou do “Encontro” na manhã de hoje, quarta-feira (31), e fez algumas revelações surpreendentes sobre o roteiro de “Pantanal“. O autor da segunda versão da novela revelou que inovou e agiu diferente do que outros roteiristas costumam agir. Na ocasião, ele surpreendeu até mesmo Patrícia Poeta, apresentadora do matinal.
Segundo o que contou Luperi, todo o roteiro da obra já estava escrito e entregue para a emissora Globo antes mesmo de o primeiro capítulo ir ao ar.“Geralmente a novela é uma obra aberta, tem uma frente de 14 a 20 capítulos, mas neste caso, como começou a ser escrita durante a pandemia, o último capítulo foi entregue no sábado anterior à estreia”, explicou ele.
A comandante do programa afirmou que não sabia dessa informação e perguntou a ele se Benedito Ruy Barbosa, responsável pela trama original de “Pantanal“, exibida em 1990, lhe deu alguma dica. A resposta de Bruno surpreendeu muitos internautas, pois alegou que seu avô lhe deu apenas um conselho:“Assim como ele escrevia sozinho, me sinto na mesma toada, ele falou basicamente: ‘Vai com Deus'”, brincou.
Porém, ele agradeceu pelo conselho “direto”.”Foi o melhor conselho que ele podia dar. Tem que ser tudo de verdade. Foi o grande ensinamento que ele me deu. Quando peguei a obra para adaptar, foi muito fácil mexer na obra. Era tudo feito com muita verdade, não tem mentira.”, complementou. O autor ainda comentou sobre o fim de alguns personagens.
“Existe no Brasil muitas Marias Bruacas que não percebem esse tratamento abusivo. Tem um arco que foi muito bem alimentado que passa por diversas camadas. A primeira foi quando cativou o público que deram as mãos para essa mulher para tentar se reerguer, ela também passa por um processo de elucidação ao longo da trama. Ela vai se emancipando por conta própria. Termina extremamente feliz como merece. Não dá para agradar todo mundo, uns querem que ela fiquecom Alcides, outros com Levi. Ela tem dois ‘ficares’: um que aprende a ficar bem consigo mesmo, que é esse resgate de amor-próprio, e vai ter o homem dela.”, disse ele, ao comentar sobre Maria Bruaca (Isabel Teixeira).
Já sobre Trindade (Gabriel Sater), Bruno Luperi disse:”É um personagem cativante, deu para trabalhar muito personagem, várias camadas, e vamos falar do trabalho do Gabriel que é um cantor, ator e instrumentista excepcional. É muito duro, mas para a novela acontecer, ela foi escrita durante a pandemia porque o Pantanal tem o regime das águas da seca e da cheias, dependendo das condições climáticas não poderíamos gravar, precisávamos de toda a novela escrita antes de ir ao ar, é uma obra fechada. O Trindade tem o caminho que a trama permite, não posso adiantar muito. Com certeza é um personagem que vai deixar saudade. É um pouco do luto precipitado.”.
