Andrea Baptista ficou famosa por ser a beldade que comeu olhos de cabra na primeira edição do No Limite, e voltou a ser lembrada com a estreia da quinta edição do programa na TV Globo, neste mês.
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A carioca, de 50 anos de idade, tem falado sobre suas experiências no reality de resistência, exibido originalmente nos anos 2000. Ela é advogada, e trabalha com direito do consumidor, e afirma que amadureceu muito desde então.
Em entrevista para a Quem, ela disse: “Sou uma mulher que não paro. Gosto de estar ativa. Tenho 50 anos, mas me olham e não dão a idade que tenho. Fui fazer um PCR outro dia e a menina que fez ficou olhando para mim fixamente. Perguntei: ‘moça, o que foi?’ E ela respondeu: ‘é que estou impressionada com a sua idade. Jurava que você tinha 30 e poucos anos’. Todo mundo acha isso, tem essa impressão de mim”.
Andrea é mãe de dois filhos. João Bernardo tem 15 anos de idade. Elias Júnior morreu de forma trágica aos 18 anos de idade, em 2013, após sofrer um acidente no condomínio em que a família morava, na Barra da Tijuca, Rio.
“Meu filho vive em mim”
A advogada diz que parte de sua energia vem do filho: “Meu filho vive em mim, nunca vi tanta força, meu corpo é jovem”, revela, afirmando que é difícil falar sobre a morte do filho.
“Não existe cura. A dor pela perda de um filho não passa, é eterna. Meu outro filho diz que vivo ligada no 220 V. É porque me sinto em uma bicicleta, se eu parar, caio. Preencho meu tempo o tempo inteiro. Trabalho como advogada, faço faxina, estudo direito do consumidor, dou aula para o meu filho. Procuro não parar porque sempre que paro, eu choro. O coração acalma um pouco, mas nunca descansa. A avó do meu filho que se foi, faleceu recentemente e ele adorava ela. Quando soube, postei para um outro neto dela assim: ‘vai, vózinha, cuida dele por mim, faz aquele macarrãozinho que ele adorava’”.
Andrea diz que não consegue assistir à entrevista da mãe de Paulo Gustavo no Fantástico: “É complicado explicar. Quando o meu filho faleceu, conheci várias mães de anjos, pessoas de várias religiões. Existem mães que se entregam, outras vêm a falecer logo depois dos filhos. Me dizem muito: ‘como você é forte, guerreira, bonita’. Mas é uma reação também. Vi isso na Dona Déa, que disse que o Paulo Gustavo não gostava que ela chorasse, e me remeti muito ao que ela falou. Meu Júnior me queria assim”.
“Tenho uma tatuagem dele que é um bilhete, em que ele diz: ‘um beijo para a minha mãe linda, parabéns por tudo’. Tatuei no meu braço. Nunca entendi, mas isso me fez viver. É como se ele dissesse: ‘vai, linda, vai embora, vive. Seja forte como você sempre foi. Não desiste, ainda tem meu irmão’. É assim que me sinto. É covarde um filho ir antes da mãe. Passei por todas as fases do luto: primeiro é negação, quando você nega Deus e tudo… Até vir a aceitação vem várias fases. Uma delas é o que meu filho quer de mim, quais são os desígnios de Deus. Mas dá, sim, uma falta de fé no início. As coisas acontecem de uma forma incompreensível”.
Ela finaliza, agradecendo Deus: “Deus está me honrando tanto, estou voando no direito do consumidor, nem estou acreditando. Nunca me realizei tanto profissionalmente. Desde que saí do programa, não parei de estudar. Outro dia, fiz uma análise sobre o que eu poderia fazer para ser feliz. E não era homem, bens materiais, nada disso. Sabe o que é que me faz feliz? Me realizar profissionalmente”.