O ator Marco Pigossi se assumiu gay no ano passado. Na época, ele disse que levou o seu tempo e revelou que “tinha muito pânico de qualquer coisa acontecer”. Em entrevista ao podcast Calcinha Larga, ele comentou sobre todo o processo, além de falar sobre seu novo documentário e seu namorado, o diretor Marco Calvani.

Foto 1: Reprodução/Instagram/@marcopigossi | Foto 2: Reprodução/Instagram/@mcalvani
Foto 1: Reprodução/Instagram/@marcopigossi | Foto 2: Reprodução/Instagram/@mcalvani

“Me descobri gay muito cedo e veio uma fama muito grande para mim também, né? […] Tinha o peso da coisa do armário. E tinha a coisa do galã. Então, sair do armário, para mim, não era para minha mãe e para os meus amigos. Era para milhões e milhões de pessoas”, contou ele.Marco ainda disse ter o “privilégio do armário”, em referência às pessoas não saberem que ele é gay e, assim, usufruir os privilégios de um homem heterossexual.

Foto: Reprodução/Instagram/@marcopigossi

Foto: Reprodução/Instagram/@marcopigossi

Ele explicou que tinha medo do que aconteceria com sua carreira na TV. “Não é que “ai, vou sair do armário mas ali no meu escritório de advocacia ninguém sabe”, entende? Era uma coisa que era nacional”, explicou.”Eu nunca vou conseguir sentir o que a Erika (Hilton, deputada trans) sentiu. Cada um tem o seu processo nesse lugar (…) Sempre usufruí desse ‘privilégio do armário'”, completou.

Por conta desse privilégio, ele sentia que tinha uma dívida com a comunidade LGBTQ+, de onde nasceu o seu documentário “Corpolítica”, que aborda as candidaturas LGBTQ+ nas eleições municipais do Rio de Janeiro, em 2020. Aprodução tem direção de Pedro Henrique França e participação da deputada federal Erika Hilton.

Namoro

O ator também comentou sobre o seu namoro, o diretor italiano Marco Calvani. Ele brincou sobre o primeiro encontro, principalmente sobre os dois terem o mesmo nome. “Quando eu o conheci, ele falou: ‘Eu me chamo Marco’. E eu falei: ‘Putz… Isso não vai dar certo, não dá’ (risos). Foi uma surpresa (a recepção dos internautas ter sido boa), mas… É o padrão, né? São dois homens brancos, bonitos, que podem ter uma casinha… Isso a gente até aceita, né? (…) Meu processo foi muito diferente”, afirmou.