Desaparecido Para Sempre é uma minissérie de suspense que adapta mais uma obra do escritor norte-americano Harlan Coben. Ele tem um contrato com a Netflix para fazer 14 produções no streaming, e algumas delas são bem conhecidas, como Não Fale com Estranhos, O Inocente e Silêncio na Floresta, lançadas nos últimos anos no streaming.
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E tem um motivo para que Harlan Coben seja o novo queridinho da Netflix, assim como a Shonda Rhimes e o Ryan Murphy, outros dois autores que estão sempre na plataforma. Ele é super premiado, já venceu vários prêmios por seus livros que apostam sempre em um clima pesado, denso e quase sempre se passam durante a noite. As adaptações sempre fizeram barulho, alcançando um público enorme.
Nessa nova produção não deve ser diferente. Desaparecido Para Sempre tem uma história que se passa na França e acompanha a trajetória de Guillaume Lucchesi, um homem que vive com o trauma de um evento que marcou sua vida dez anos antes: a morte de seu irmão Fred e da mulher que foi seu primeiro amor, Sonia.
Guillaume tem cerca de trinta anos agora e tenta lidar com as sequelas desse evento traumático, e bem quando começa a achar que está superando, sua atual namorada, Judith, desaparece. Ela havia saído de casa para participar do funeral de sua mãe. Mesmo com todos os seus problemas, ele passa a investigar para saber o que aconteceu com ela e, com isso, também tem que encarar seus medos, seus traumas e as verdades que ele passou anos tentando evitar.
O talento de Harlan Coben pode ser visto na criação bem imaginativa da história. Guillaume é um personagem traumatizado, emocionalmente quebrado, que passa a se curar quando encontra uma chance de redenção com Judith, que praticamente o recupera e o traz de volta à vida. A partir do desaparecimento dela, Guillaume tem que encarar diversos obstáculos internos e externos para entender o que aconteceu.
A trama intrincada de Desaparecido para Sempre
Só que o quebra-cabeça da história começa a se complicar quando ele faz algumas descobertas que aumentam o suspense da história: por exemplo, o fato de Judith e Sonia se conheciam. A partir de então, o suspense aumenta e o espectador também passa a ficar curioso para saber como tudo isso vai acabar.
A direção da série acerta em deixar toda a ambientação com uma aparência triste, opressiva, como se representasse a alma do personagem, e ao longo dos cinco episódios, a fotografia vai ficando cada vez mais aberta — como que para representar a “saída” de Guillaume de suas próprias fobias, à medida em que descobre coisas novas.
O personagem principal é interpretado por Finnegan Oldfield com bastante talento, passando para o espectador toda a tristeza do personagem usando sua expressão corporal: é interessante notar como o rosto dele parece carregar a tristeza da tragédia do passado do personagem mesmo nos momentos mais felizes ao lado da nova namorada. Esse é um ponto bastante positivo para a série.
Como nas outras obras baseadas em histórias do Harlan Coben, há surpresas a cada momento que vão deixando quem assiste cada vez mais impressionado. Não dá para adivinhar como a história acaba, e os plots finais são surpreendentes. Desaparecido para Sempre é a melhor indicação para quem gosta de suspenses que envolvem o espectador, mas com inteligência, sem apelar para sustos fáceis e enredo básico.
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