Para quem acha que a saída de Camila Queiroz de “Verdades Secretas 2” é a primeira vez que acontece, saiba que a situação pode parecer mais normal do que parece. Ao longo de décadas da TV brasileira, vários atores tiveram desavenças com as produções ou com as emissoras que trabalhavam.
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Artistas como Dima lóes (1950-2020), Carmen Monegal e Carlos Alberto Riccelli também protagonizaram polêmicas ao abandonar seus papéis por motivo de brigas com autoridades. Entre os motivos estão aumento de salário e até recusa de beijo.
Em 1973, o escritor Dias Gomes passou por momento semelhante ao enfrentado atualmente por Walcyr Carrasco ao perder uma de suas protagonistas. A atriz Dilma Lóes reivindicou um aumento de salário mas também não foi atendida na época.
Dilma Lóes abandonou a produção da novela “O Bem Amado” (Créditos: reprodução/TV Globo)
“Faltavam uns 20 capítulos quando Dilma Lóes deixou o elenco. Ela era uma das três mocinhas de “O Bem-Amado” [Globo]. Era ela, a Sandra Bréa (1952-2000) e a Maria Cláudia. O problema da atriz foi a questão contratual. Ela pediu aumento de salário e não teve acordo. O desfecho de Anita teve de ser gravado com dublê, ela levou um tiro, de costas. A coisa se repete agora”, disse Mauro Alencar, doutor em teledramaturgia brasileira e latino americana pela USP ouvido pelo portal Notícias da TV.
Na novela “Supermanoela” (1974), a protagonista Carmen Monegal era casada com Carlos Alberto Riccelli e ambos não concordavam com cenas de beijos. “Esse caso ficou famoso, foi publicado na imprensa. Na trama, eles simplesmente foram embora da cidade, esses truques que os autores fazem”, finalizou Alencar.
