“Além do Mal” é mais uma série coreana praticamente escondida no catálogo da Netflix, mas que precisa ser descoberta pelo público quanto antes, porque possui qualidades técnicas e narrativas que tem a capacidade de prender a atenção de qualquer espectador.

Yeo Jin-Goo em cena de "Além do Mal", agora na Netflix
© Reprodução/NetflixYeo Jin-Goo em cena de "Além do Mal", agora na Netflix

No entanto, como tem sido praxe nos lançamentos da Netflix, esse tipo de conteúdo fica meio “de lado” na promoção de material na plataforma — muito por conta da abundância de filmes e séries que chegam ao catálogo todas as semanas. “Além do Mal” é extremamente conceituada em seu país de origem, onde concorreu a diversos prêmios. Ao final dos 16 episódios, fica evidente o motivo da celebração.

“Além do Mal” começa com um assassinato em uma pequena cidade da Coreia do Sul. Para investigá-lo, o detetive Dong-Sik é convocado; no entanto, ele tem seus próprios problemas no passado, como a morte de sua irmã, Yu-Yeon, que aconteceu há 20 anos e do qual ele nunca conseguiu se esquecer, muito menos superar. Acontece que esse novo caso tem semelhanças e algumas ligações com a misteriosa morte de sua irmã.

Ao mesmo tempo, ele precisa lidar com a chegada de Joo-Won, filho de um superintendente e, agora, também detetive. O novato tem sérias desconfianças sobre a índole de Dong-Sik, pois acredita que ele mesmo foi o responsável pela morte de sua irmã, e passa a investigá-lo de perto.

O grande lance em “Além do Mal” é que a série começa de uma forma muito simples, bastante comum a histórias de suspense, e vai se revelando uma rede intrincada de traições, mentiras e dissimulações. O roteiro, muito bem escrito, confunde o espectador para trazer uma reviravolta que acerta como um soco, já que ninguém consegue prever de onde vem essa virada. Veja a crítica no vídeo acima.